"Estamos a ver em toda a Europa, e em diferentes escalas dependendo dos países, uma mudança por parte dos consumidores para ferramentas digitais quando se trata de pedir, comprar, pagar", disse a responsável durante uma conferência organizada pela agência Reuters, na qual participou por vídeo.
Suécia, Holanda e Alemanha foram alguns dos países onde referiu que os meios de pagamento digital têm crescido à custa do uso de dinheiro.
"Vai substituir o dinheiro? Não. Mas há claramente uma procura por parte dos consumidores por pagamentos digitais e moeda digital", vincou a presidente do BCE.
Os resultados de uma consulta pública foram hoje publicados, tendo o BCE adiantado que vai decidir até meados deste ano a decisão de avançar ou não.
O BCE afirmou hoje que tanto os cidadãos como os profissionais destacam a proteção da privacidade como o aspeto mais importante de um possível euro digital e preferem que este seja integrado nos sistemas bancários e de pagamentos existentes.
Lagarde revelou hoje que "pelo menos 80 bancos centrais em todo o mundo que estão a olhar para moedas digitais" e que o BCE não quer ficar para trás.
Na consulta, muitos cidadãos e profissionais destacaram a proteção da privacidade como o aspeto mais importante de um possível euro digital e preferem que este seja integrado nos sistemas bancários e de pagamentos existentes.
A presidente do BCE destacou que na consulta as respostas também mostraram preocupação com o risco do anonimato.
"Eles reconhecem que o financiamento de lavagem de dinheiro, o financiamento do terrorismo, não pode usar as moedas digitais como uma cobertura", saudou.
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