Wall Street fecha em baixa pela subida dos rendimentos obrigacionistas
A praça nova-iorquina fechou hoje em baixa, arrastada pela subida dos rendimentos obrigacionistas, que suscitaram vendas no setor tecnológico, e pela forte queda do preço do petróleo, e ainda por ser véspera de sexta-feira.
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Economia Wall Street
Os resultados definitivos da sessão indicam que o seletivo Dow Jones industrial Average cedeu 0,46%, para os 32.862,30 pontos, e o alargado S&P500 recuou 1,48%, para as 3.915,46 unidades, perdas estas que se seguem aos recordes da véspera.
Mas o principal perdedor do dia foi o tecnológico Nasdaq, que desvalorizou 3,03%, a segunda maior perda diária do ano, para os 13.116,17 pontos, com este setor arrastado pela venda massiva dos títulos de dívida pública, o que fez subir as rentabilidades destes.
Em termos setoriais, apenas o financeiro fechou em alta, com os investidores a apostarem que maiores taxas de juro irão traduzir-se em lucros maiores.
A obrigação do Tesouro a 10 anos atingiu os 1,72%, um nível próximo dos que não se veem desde janeiro de 2020. Estes rendimentos maiores pressionam o mercado acionista, ao lhe disputarem as aplicações financeiras. Os investidores ficam assim menos dispostos a pagar por ações sobrecotadas, como as dos conglomerados tecnológicos, que alimentaram em muito a subida de Wall Street em 2020. Hje, a Apple perdeu 3,4%, a Microsoft 2,7% e a Tesla 6.9%.
O índice VIX, que mede o medo no mercado, subiu cerca de 12% um sinal da crescente volatilidade.
Outra explicação reside no facto de sexta-feira ser um dia designado das Quatro Bruxas, relativo ao fim simultâneo de quatro tipos de contratos de futuros e opções.
Os investidores também consideraram as afirmações proferidas na véspera pelo presidente da Reserva Federal, Jerome Powell, que decidiu manter as achas de juro a níveis baixos e minimizou o risco de inflação.
"Dizer que se está disposto a deixar a inflação aquecer, quando aumentam as preocupações (dos investidores) com esta, é outra maneira de a Reserva Federal dizer que está disposta a deixar subir os rendimentos obrigacionistas de longo prazo", opinou o analista Matt Maley, da Miller Tabak.
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