Presidente executiva da Sonae antevê que "2021 não será um ano fácil"
A presidente executiva da Sonae, Cláudia Azevedo, afirmou que "2021 não será um ano fácil", apesar de acreditar que "os avanços científicos irão rapidamente controlar a pandemia".
© Global Imagens
Economia Sonae
O lucro da Sonae caiu no ano passado 57,2%, face a 2019, para 71 milhões de euros, "impactado pela pandemia", com efeitos a nível operacional e no que respeita à reavaliação de ativos, divulgou hoje o grupo em comunicado enviado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).
Cláudia Azevedo, citada no comunicado, referiu que "2020 foi um ano diferente" porque a "pandemia covid-19 impactou cada aspeto" da vida de cada um e desafiou a todos, enquanto organização.
"Enfrentámos disrupções profundas em áreas como a saúde e a segurança, o trabalho remoto, as cadeias de abastecimento e a aceleração digital. E não só estivemos à altura do desafio, como nos projetámos para o futuro", prosseguiu a gestora, sublinhando que a Sonae é hoje uma empresa preparada para a era digital.
"Na Sonae construímos um legado devido ao nosso foco no futuro, acreditamos que os avanços científicos irão rapidamente controlar a pandemia, mas 2021 não será um ano fácil", considerou Cláudia Azevedo.
"A nossa prioridade imediata continuará a ser a proteção das nossas pessoas, enquanto permanecemos comprometidos em servir os nossos clientes e criar valor para todos os nossos 'stakeholders'", asseverou a presidente executiva.
Para isso, a Sonae promete ser incansável "na inovação e adaptação a um ambiente em constante mudança" e, ao mesmo tempo, permanecer focada em "fazer evoluir continuamente" o seu portefólio de investimentos, "direcionando a alocação de capital para capturar oportunidades de crescimento de médio prazo e assegurar" que o grupo está preparado para o futuro.
Sobre o desempenho de 2020, considerou que a resposta à pandemia da Sonae a distinguiu "de forma clara da concorrência".
Nos negócios de retalho, "liderámos o caminho nas vendas 'online' e na fidelização digital dos clientes. Marcas como o Continente ou a Worten viram as suas quotas de mercado no 'e-commerce' atingirem valores bem acima das suas posições já de liderança em Portugal, contribuindo para um total de vendas 'online' do grupo de cerca de 480 milhões de euros", destacou.
"Globalmente, o portefólio diversificado de negócios líderes da Sonae manteve-se forte", apontou Cláudia Azevedo.
"Fomos capazes de aumentar o volume de negócios consolidado em 6,1% para 6.827 milhões de euros e alcançar um EBITDA [resultado antes de impostos, juros, depreciações e amortizações] subjacente praticamente em linha com o de 2019", prosseguiu a gestora, sublinhando que a solidez das operações do grupo "foi sustentada por uma gestão ativa de alocação de capital".
Recordou que foram implementadas várias iniciativas "de preservação de liquidez em todos os negócios" e os refinanciamentos de linhas de crédito "de forma a fortalecer ainda mais" a estrutura de capital.
"O nosso portefólio continuou a mostrar a sua capacidade de geração de 'cash flow' e a dívida líquida consolidada do grupo diminuiu 47 milhões de euros para 1.103 milhões de euros nos últimos 12 meses", disse.
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