Os resultados definitivos da sessão indicam que o seletivo Dow Jones Industrial Average avançou 0,29%, fixando um novo recorde no fecho, em 31.613,02 pontos.
Já os outros índices fecharam em baixa, com o tecnológico Nasdaq a perder 0,58%, para as 13.965,50 unidades, e o alargado S&P500 a recuar 0,03%, para as 3.931,33.
A sessão tinha começado mal para todos os índices, depois da subida dos rendimentos das obrigações a 10 anos na véspera, por causa dos receios de sobreaquecimento da economia e do risco de inflação.
"O mercado bolsista está mais sensível aos rendimentos das obrigações desde há uma semana, o que está na origem da pausa nestes dois, três últimos dias", observou Karl Haeling, de LBBW.
De forma paradoxal, os bons indicadores do dia, com uma forte subida das vendas retalhistas em janeiro, que registaram um aumento de 5,3%, e um progresso sensível da produção industrial, enervaram os investidores quanto à inflação, o que arrefeceu entusiasmos.
Tanto mais assim que o índice dos preços na produção subiu 1,3% em janeiro, bem acima dos 0,5% esperados, na que foi a sua subida mais forte desde 2009.
Na segunda parte da sessão, os índices reduziram as perdas e o Dow Jones recuperou uma trajetória positiva depois da divulgação das minutas da reunião da Reserva Federal sobre política monetária, feita em janeiro.
Esta ata tranquilizou os investidores ao mostrar de novo que os membros do banco central estavam mais otimistas sobre uma recuperação da economia a longo prazo, considerando a eventual aceleração dos preços algo "temporário".
Hoje, as taxas a 10 anos, que tinham subido para o máximo de um ano na véspera, nos 1,3141%, baixaram um pouco, para 1,2787% cerca das 21.00 de Lisboa.
As taxas sobre os títulos de dívida pública aumentam quando as obrigações têm uma forte venda, por as perspetivas de inflação poderem reduzir os rendimentos fixos destes títulos.
Para Karl Haeling, estas taxas "vão continuar provavelmente a aumentar", mas ele "não pensa que taxas a 10 anos nos 1,5%, ou até 2%, seja um problema para o mercado bolsista".
Entre os títulos do dia, a Apple perdeu 1,76%, depois de a 'holding' de Warren Buffett, a Berkshire Hathaway, ter indicado que reduziu a sua participação no conglomerado tecnológico.
Ao contrário, o grupo de telecomunicações Verizon e o petrolífero Chevron beneficiaram com o aumento das participações da Berkshire Hathaway, fechando com ganhos respetivos de 5,24% e 3%.
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