TAP e sindicatos voltam a reunir-se. "Acordo de emergência" em foco
O Sindicato Nacional do Pessoal de Voo da Aviação Civil (SNPVAC) já mostrou disponibilidade para apresentar medidas que impeçam mais despedimentos.
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Economia TAP
A administração da TAP e os sindicatos voltam a reunir-se, esta segunda-feira, com o objetivo de "alcançar um acordo de emergência". O Sindicato Nacional do Pessoal de Voo da Aviação Civil (SNPVAC) já mostrou disponibilidade para apresentar medidas que impeçam mais despedimentos.
De acordo com o Expresso, a convocatória foi feita pela administração da TAP e desta vez a reunião será com todos os sindicatos.
Num comunicado aos associados, a que a Lusa teve acesso, o SNPVAC, que a 8 de janeiro hoje numa reunião com a TAP e o Governo, referiu que, no encontro, "foi possível demonstrar" que os tripulantes estão "preparados para apresentar o desenho de medidas de adesão voluntária que permitam uma reestruturação, sem o recurso a mais despedimentos".
De acordo com a mesma nota, "estas reuniões terão como objetivo alcançar um acordo de emergência que permita a conciliação desses objetivos", podendo assim "evitar-se a imposição de um regime sucedâneo", diz o SNPVAC, sem mais detalhes.
Em 22 de dezembro, o Conselho de Ministros aprovou uma resolução que declara a TAP, a Portugália e a Cateringpor, a empresa de 'catering' do grupo TAP, em "situação económica difícil". "A estas empresas são, assim, atribuídos os efeitos previstos na legislação, nomeadamente a alteração de condições de trabalho e a não aplicação ou a suspensão, total ou parcial, das cláusulas dos acordos de empresa ou dos instrumentos de regulamentação coletiva aplicáveis, com estabelecimento do respetivo regime sucedâneo", adiantou o Governo.
O plano de reestruturação da TAP, entregue em Bruxelas em 10 de dezembro, prevê a suspensão dos acordos de empresa, medida sem a qual, de acordo com o ministro Pedro Nuno Santos, não seria possível fazer a reestruturação da transportadora aérea.
O documento entregue à Comissão Europeia prevê o despedimento de 500 pilotos, 750 tripulantes de cabine, 450 trabalhadores da manutenção e engenharia e 250 das restantes áreas.
O plano prevê, ainda, a redução de 25% da massa salarial do grupo (30% no caso dos órgãos sociais) e do número de aviões que compõem a frota da companhia, de 108 para 88 aviões comerciais.
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