Segundo a Estratégia de Mobilidade Sustentável e Inteligente, até 2030 pelo menos 30 milhões de automóveis com emissões zero estarão em funcionamento nas estradas europeias, que as deslocações coletivas com menos de 500 quilómetros devem ser neutras em carbono e aposta na duplicação dos transportes ferroviários de alta velocidade em toda a Europa.

"Teremos que investir massivamente na ferrovia, não só nas infraestruturas mas também facilitando o mercado, precisamos de incentivar as ligações transfronteiriças e, evidentemente, a alta velocidade", sublinhou, em conferência de imprensa, a comissária europeia para os Transportes Adina Valean.

O setor dos transportes no seu todo, será mais limpo: mais comboios e carros e aviões mais ecológicos, com alternativas verdes disponíveis e os incentivos certos postos em prática para concretizar a transição climática.

A Comissão Europeia ambiciona ainda que dentro de dez anos, 100 cidades europeias serão neutras do ponto de vista climático, através, por exemplo, da criação de ciclovias.

Por outro lado, o executivo comunitário estima que até 2035 as grandes aeronaves com emissões zero estarão prontas para operar no mercado.

Numa visão a mais longo prazo, até 2050, quase todos os carros, carrinhas, autocarros, bem como os novos veículos pesados serão isentos de emissões zero e o transporte ferroviário de mercadorias irá duplicar.

O período de trinta anos inclui ainda o desenvolvimento de uma Rede Transeuropeia de Transportes (RTE-T) multimodal plenamente operacional para transportes sustentáveis e inteligentes, com conectividade de alta velocidade.

Para além destes marcos temporais concretos, a Comissão Europeia define que o setor dos transportes deve ser sustentável, inteligente -- nomeadamente via inovação e a digitalização - e resiliente.

Segundo dados de Bruxelas, os transportes contribuem com cerca de 5 % para o Produto Interno Bruto da UE e empregam mais de dez milhões de pessoas, o que significa que o sistema de transportes é fundamental para as empresas europeias e para as cadeias de abastecimento mundiais.

Por outro lado, atualmente, as emissões dos transportes representam cerca de um quarto do total das emissões de gases com efeito de estufa da UE.

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