CGD quer distribuir dividendos ao Estado em 2021
O presidente executivo da Caixa Geral de Depósitos (CGD), Paulo Macedo, manifestou hoje a vontade de distribuir dividendos ao Estado em 2021, um montante que o Governo estima em 160 milhões de euros no âmbito do Orçamento do Estado.
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Economia Paulo Macedo
"A Caixa está com estes resultados que viram, num ano em que não distribuiu dividendos, este ano está com cerca de 392 milhões de euros de resultados, e obviamente tem capitais cerca totais de 20%, tem capitais de 'core equity tier 1' de cerca de 17, e portanto a Caixa entende que deve pagar dividendos ao Estado, é esse o princípio", disse Paulo Macedo aos jornalistas durante a conferência de imprensa de apresentação de resultados do banco público, que decorreu hoje em Lisboa.
O gestor salvaguardou ainda que no caso de haver nova recomendação do Banco Central Europeu (BCE) para a não distribuição de dividendos, a Caixa "não distribuirá".
"Mas a nossa ideia é a de que o dinheiro que foi aqui posto pelos contribuintes deve ser devolvido dentro das possibilidades", disse, reconhecendo também que o banco está dependente da conjuntura.
"Se a conjuntura piorar drasticamente, ninguém quererá descapitalizar a Caixa, dado que poderia ser possível ser necessário o capital para fazer face a mais imparidades", defendeu.
Paulo Macedo disse ainda que "dentro dos cenários que estão traçados", o banco público "tem possibilidade de vir a distribuir" os 160 milhões de euros em dividendos.
O Governo prevê que os cofres públicos arrecadem 534,1 milhões de euros em 2021 com dividendos da CGD e do Banco de Portugal, segundo a proposta do Orçamento do Estado entregue no parlamento.
No relatório que acompanha a proposta, o executivo prevê "a entrega de 374,5 milhões de euros pelo Banco de Portugal e 159,6 milhões de euros pela Caixa Geral de Depósitos".
Relativamente a 2019, a CGD não pagou os dividendos de 300 milhões de euros previstos ao acionista, o Estado, para fazer face à pandemia de covid-19.
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