Lucros da CGD caem 39% para 392 milhões até setembro
A Caixa Geral de Depósitos (CGD) teve lucros de 392 milhões de euros entre janeiro e setembro deste ano, menos 39% do que em igual período de 2019, divulgou hoje o banco público.
© Reuters
Economia CGD
Para a queda dos lucros contribuiu o reforço de 220 milhões de euros em imparidades e provisões para fazer face à evolução da economia desencadeada pela pandemia da covid-19.
Entre janeiro e setembro, o produto global da atividade caiu para 12% para 1.379 milhões de euros, com a margem financeira a ceder 10,2% para 872.909 milhões de euros (segundo a CGD, impactada pelos níveis historicamente baixos das taxas de juro e pela amortização antecipada em 2019 de crédito a entidades públicas) e as comissões líquidas a baixar ligeiros 0,3% para 369.528 milhões de euros.
Do lado dos gastos, os custos com estrutura caíram 10,2% para 691.245 milhões de euros, com os custos com pessoal a cederem 11% para 431.504 milhões de euros.
A CGD reduziu 337 trabalhadores até setembro e mais de 100 deverão sair no resto do ano, sobretudo através de pré-reformas, mas também através de rescisões por mútuo acordo.
O contributo da atividade doméstica para o resultado líquido consolidado da CGD foi de 308,8 milhões de euros, menos 39,2% do que nos primeiros nove meses de 2019.
Em Portugal, a margem financeira caiu 8,8% para 552,5 milhões de euros, mas as comissões subiram 2,9% para 302,6 milhões de euros.
Olhando para o balanço, em termos consolidados, os depósitos aumentaram quase 9% para 70.470 milhões de euros (face aos primeiros nove meses de 2019), evolução essencialmente justificada pela captação de depósitos em Portugal.
Do lado do crédito, o 'stock' de crédito caiu 1,8% para 48,3 mil milhões de euros, o que o banco diz ser "fruto da redução do crédito a entidades públicas e da venda de carteiras NPL [crédito malparado] registadas no último trimestre de 2019".
Na CGD Portugal, o crédito caiu 1,9% para 42.135 milhões de euros. Já o crédito a empresas subiu 3,4% para 13.709, o que também estará relacionado com o recurso das empresas a linhas de financiamento garantidas pelo Estado.
O rácio de crédito malparado ('non-performing loans', usando o método da Autoridade Bancária Europeia) desceu de 6,6% em setembro de 2019 para 4,2% em setembro deste ano.
Por fim, em termos de indicadores de solvabilidade, o rácio de capital CET 1 fixou-se em 17,2%.
[Notícia em atualização]
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