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NB não avisou sobre chumbo interno à venda de imóveis? Banco desmente

Em resposta à notícia do Público, que dá conta que o Novo Banco não avisou o Fundo de Resolução sobre chumbo interno à venda de imóveis, a administração do Novo Banco nega estas informações, alegando que não houve qualquer chumbo.

NB não avisou sobre chumbo interno à venda de imóveis? Banco desmente
Notícias ao Minuto

09:27 - 08/09/20 por Notícias Ao Minuto

Economia Novo Banco

O jornal Público dá conta, esta terça-feira, que a gestão de António Ramalho não informou o Fundo de Resolução, por duas ocasiões, de que terá sido desaconselhada pelo departamento de 'compliance' a avançar com as operações de venda de carteiras de imóveis, envolvendo a sociedade Alantra. Em resposta, a administração do Novo Banco nega estas informações, alegando que não houve qualquer chumbo. 

"Ao contrário do que o Público sustenta, a operação teve a aprovação por todos os órgãos do Banco e pelo Fundo de Resolução, não tendo havido qualquer chumbo da operação. O departamento de 'compliance' não chumbou a operação, muito menos duas vezes", pode ler-se num comunicado do Novo Banco, enviado às redações

De acordo com o Público, "este facto relevante" só foi depois reportado ao Fundo de Resolução em junho de 2020, quase dois anos depois, na sequência da auditoria da Deloitte. Esta será uma das informações que consta na auditoria que foi divulgada na semana passada

A instituição bancária esclarece, porém, que o "Conselho de Administração Executivo do Novo Banco ponderou o parecer do compliance, sobre matéria em que o parecer não é vinculativo, visando exclusivamente potencial risco reputacional [por a CEO da empresa portuguesa ser ex-quadro do BES], que o próprio departamento de compliance referiu como tema de decisão 'estratégica e de gestão'", pode ler-se no mesmo comunicado.

Este é, segundo o Público, um dos "pontos sensíveis" do relatório: a contratação da consultora Alantra, representada em Portugal por Rita Barosa, antiga assessora de Ricardo Salgado e ligada ao núcleo duro de Amílcar Morais Pires – o ex-director financeiro do BES.

Esclarece a gestão do Novo Banco que "o Conselho de Administração Executivo decidiu contratar a Alantra Espanha com expressa proibição de ser envolvida a equipa portuguesa. É essa divergência na escolha do assessor que o Novo Banco não referiu ao Fundo de Resolução por considerar um detalhe sem especial relevância e que é reportada na auditoria especial", pode ler-se no mesmo comunicado.

Ainda segundo o jornal diário, o trabalho 'encomendado' à Alantra destinava-se a assessorar uma operação de venda de uma carteira de ativos imobiliários no valor de 645 milhões de euros. A direção de 'compliance' terá emitido dois pareceres desfavoráveis sobre esta escolha, sendo que, apesar da recomendação, o Novo Banco acabou por não dar seguimento a essa indicação. 

A auditoria da Deloitte aos atos de gestão do BES/Novo Banco é referente ao período entre 2000 e 2018 (ou seja, abarcando quer o período antes quer depois da resolução do BES e criação do Novo Banco) e foi entregue pela Deloitte na passada segunda-feira ao Governo, Banco de Portugal, Fundo de Resolução e Novo Banco.

Na terça-feira de madrugada, o Ministério das Finanças disse, em comunicado, que o relatório revela perdas líquidas de 4.042 milhões de euros no Novo Banco (entre 04 de agosto de 2014, um dia após a resolução do BES, e 31 de dezembro de 2018) e "descreve um conjunto de insuficiências e deficiências graves" no BES, até 2014, na concessão de crédito e investimento em ativos financeiros e imobiliários.

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