Estado adia eleição dos órgãos sociais da Parpública
O Estado adiou a eleição de órgãos sociais prevista para a assembleia-geral da Parpública que hoje se realizou, de acordo com um comunicado publicado na Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).
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Economia Parpública
Na nota, a empresa realçou que só foram votados seis pontos dos oito previstos.
"Relativamente aos pontos 7 e 8 da ordem dos trabalhos, relativos à eleição dos membros da Mesa da Assembleia Geral e do Conselho de Administração, para o mandato 2020 -- 2022, e à fixação do respetivo regime remuneratório, foi deliberado pelo acionista [Estado] que a eleição se fará em momento posterior", referiu a Parpública, sem adiantar datas.
Na reunião de hoje, o acionista único aprovou "o relatório de gestão apresentado pelo Conselho de Administração e as contas consolidadas e separadas referentes ao exercício findo em 31 de dezembro de 2019, bem como o relatório de sustentabilidade do grupo".
Além disso, o Estado deu 'luz verde' ao relatório do governo societário relativo ao ano passado e à "proposta apresentada pelo Conselho de Administração para que o resultado líquido, no montante de 23.273.249,98 euros, seja mantido em resultados transitados".
Na reunião, o Estado aprovou "um voto de confiança no Conselho de Administração e em cada um dos seus membros, bem como no Revisor Oficial de Contas".
Foi ainda deliberada favoravelmente a "declaração apresentada pelo Conselho de Administração relativa à política remuneratória dos membros dos órgãos de Administração e Fiscalização" e o plano de atividades investimento e orçamento para 2020 da empresa pública.
O grupo Parpública teve lucros de 138,8 milhões de euros em 2019, quase o dobro dos 70 milhões de euros de 2018, divulgou em comunicado ao mercado, no dia 01 de maio.
No relatório e contas divulgado, a Parpública disse que "o ano de 2019 foi globalmente bastante positivo", com "todos os segmentos de atividade a apresentarem uma evolução positiva" pelo terceiro ano consecutivo.
Em 2019, o grupo reduziu a dívida financeira consolidada, sendo que no final do ano o endividamento das empresas do grupo situava-se em 3.421 milhões de euros, menos 830 milhões de euros face a 2018.
"Como é natural e vem acontecendo nos anos anteriores, a redução do endividamento ocorreu essencialmente na 'holding', cuja dívida financeira diminuiu 750 milhões de euros. Também as empresas do segmento das águas prosseguiram o seu esforço de redução da dívida, a qual registou uma quebra de 66 milhões de euros. Ainda assim, a dívida do grupo continua concentrada na Parpública e nas empresas do Grupo AdP [Águas de Portugal]", lê-se no relatório e contas.
No universo da Parpública estão, por exemplo, Águas de Portugal, Imprensa Nacional Casa da Moeda INCM), Simab (grupo de mercados abastecedores), Companhia das Lezírias (exploração agrícola) ou Baía do Tejo e Estamo (promoção imobiliária).
Detém ainda 50% da companhia aérea TAP, 44,89% do capital da distribuidora de papel Inapa e é acionista da petrolífera Galp (segundo maior acionista, a seguir à Amorim Energia, com mais de 7% do capital).
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