AIE: Crescimento da procura de petróleo será o mais baixo desde 2009

A AIE prevê um aumento da procura de petróleo de 700.000 barris por dia em 2025, o que representaria "a taxa mais baixa desde 2009, com exceção do ano covid de 2020".

Conflito em Israel não teve impacto direto nos fluxos de petróleo

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Lusa
11/07/2025 12:25 ‧ há 8 horas por Lusa

Economia

AIE

A Agência Internacional da Energia reviu em baixa ligeira as previsões de crescimento da procura de petróleo em 2025, para o que será o menor aumento desde 2009, com exceção do ano excecional da covid em 2020, foi hoje anunciado.

 

A AIE, agência de energia da Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Económico (OCDE), que reúne principalmente os países desenvolvidos, prevê um aumento da procura de petróleo de 700.000 barris por dia em 2025, o que representaria "a taxa mais baixa desde 2009, com exceção do ano covid de 2020", segundo o relatório mensal da AIE de julho, hoje divulgado.

Estas previsões são ligeiramente inferiores às estimativas da AIE no relatório do mês passado, em grande parte devido às entregas do segundo trimestre que ficaram aquém das expectativas, com um aumento em termos homólogos de apenas 550 mil barris por dia, impulsionado pelo consumo "particularmente lento" nos mercados emergentes, metade do crescimento de 1,1 milhões de barris por dia registado no primeiro trimestre.

No conjunto do ano, o consumo mundial de petróleo deverá atingir 103,7 milhões de barris por dia, contra os 103,8 milhões de barris por dia estimados no relatório de junho.

"Nos últimos meses, assistiu-se a um abrandamento significativo da procura de petróleo, nomeadamente nos países em desenvolvimento", afirma a AIE.

"Embora seja talvez prematuro atribuir este crescimento mais lento ao impacto negativo dos direitos aduaneiros (...) na economia real, as maiores contrações trimestrais ocorreram em países que se encontraram na mira da turbulência aduaneira", nomeadamente a China, o Japão e o México, diz a agência, referindo-se à guerra comercial travada pelo Presidente dos EUA, Donald Trump, através de sobretaxas aduaneiras.

Em contrapartida, a Europa e os mercados emergentes não asiáticos têm-se revelado até agora "mais resistentes".

Para 2026, a agência prevê que o consumo mundial de petróleo aumente 720.000 barris por dia, para um total de 104,4 milhões de barris por dia, ligeiramente abaixo da previsão do mês passado (104,5 milhões de barris por dia).

Referindo-se a um "mercado aparentemente com excesso de oferta", a AIE estima que a oferta mundial de petróleo deverá aumentar em média 2,1 milhões de barris por dia em 2025, para atingir 105,1 milhões de barris por dia, e 1,3 milhões de barris por dia em 2026, para atingir 106,4 milhões de barris por dia, um crescimento alimentado principalmente por países que não são membros da organização alargada de países exportadores de petróleo OPEP+.

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