De acordo com a informação remetida à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), os acionistas vão deliberar a aprovação do relatório de gestão e as contas individuais e consolidadas da empresa, a transferência do prejuízo registado em 2019 para os resultados transitados, bem como que este seja coberto, "na totalidade", pelas reservas livres.

Em cima da mesa estará também a autorização para o Conselho de Administração da empresa comprar, durante os próximos 18 meses, ações representativas do capital social da sociedade, dentro ou fora do mercado regulamentado.

Neste sentido, "no caso da alienante ser uma sociedade direta ou indiretamente dominada por esta sociedade, [o valor não deverá ser] inferior ao valor médio das dez ultimas cotações anteriores à data da aquisição deduzido de 50% e não superior ao valor médio das dez últimas cotações anteriores à data da aquisição acrescido de 10%, por ação, dentro do limite legal de 10% do capital social desta sociedade", lê-se no documento.

Adicionalmente, será debatida a autorização para a venda, também nos próximos 18 meses, de um mínimo de 100 ações representativas do capital social da empresa, em mercado regulamentado ou fora, sendo que, no caso de a adquirente ser uma sociedade denominada pela Sonae Indústria, o valor não deverá ser inferior "ao valor médio das dez últimas cotações anteriores à data da alienação deduzido de 10% por ação".

Os acionistas irão ainda pronunciar-se sobre a aquisição e detenção de ações próprias por parte das sociedades que, no momento da aquisição, sejam dependentes da Sonae Indústria.

Estas aquisições podem ser feitas, em 18 meses, e no caso da alienante ser a própria sociedade ou outra dominada por esta, o preço não poderá ser inferior ao "valor médio das dez últimas cotações anteriores à data da aquisição deduzido de 50% e não superior ao valor médio das dez últimas cotações anteriores à data da aquisição acrescido de 10%, por ação, dentro do limite legal de 10% do capital social desta sociedade"

Por outro lado, será votada a atribuição de um voto de louvor e confiança aos órgãos de administração e fiscalização da sociedade e a aprovação da política de remuneração dos dirigentes.

Ainda no âmbito da política de remunerações, a Efanor, acionista da Sonae Indústria, propõe que os membros da comissão de vencimentos, "que não integrem qualquer órgão social da proponente ou suas sociedade denominadas, direta ou indiretamente, recebam o valor anual de cinco mil euros. 

A Sonae Indústria apresentou um prejuízo de 13,4 milhões de euros em 2019, que compara com o lucro de 11 milhões de euros obtido em 2018, conforme foi divulgado na terça-feira.

No comunicado distribuído às redações, o grupo explicou a passagem de lucro para prejuízo com a redução dos resultados relativos a empreendimentos conjuntos, provisões registadas no quarto trimestre e a inclusão em 2018 de uma mais-valia devido à venda dos imóveis de uma unidade inativa.

Em consequência, o total dos capitais próprios baixou 8,2 milhões de euros para 127,3 milhões.

No ano passado, o volume de negócios consolidado foi de 230,0 milhões de euros, mais 4,5% que no ano anterior.

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