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Economia mundial está menos pressionada em baixa, mas ainda sob ameaça

O Fundo Monetário Internacional (FMI) considera que a balança dos riscos enfrentados pela economia mundial continua a pender para o lado mais negativo, mas está hoje menos pressionada por fatores adversos do que em outubro passado.

Economia mundial está menos pressionada em baixa, mas ainda sob ameaça
Notícias ao Minuto

13:09 - 20/01/20 por Lusa

Economia FMI

Na atualização ao 'World Economic Outlook' (WEO) do FMI, um relatório com previsões económicas mundiais divulgado hoje, a instituição afirma que os "incipientes sinais de estabilização" atualmente visíveis "podem perdurar, dando lugar a uma dinâmica favorável entre os ainda resilientes gastos de consumo e a melhoria do investimento empresarial".

"Outro aliciante poderia ser a menor intensidade de fatores idiossincráticos que travam a atividade das principais economias emergentes, a que se juntam os efeitos da flexibilização monetária e a melhoria do sentimento económico na sequência da 'primeira fase' do acordo comercial entre os EUA e a China, com a consequente anulação parcial das tarifas anteriormente aplicadas e trégua a novas taxas", lê-se no documento.

"Se estes fatores confluírem, a recuperação poderá ser mais sólida do que o atualmente previsto", acrescenta.

Ainda assim, o FMI adverte que "os riscos de uma evolução em baixa continuam a ser consideráveis", apontando como fator negativo "as crescentes tensões geopolíticas, particularmente entre os EUA e o Irão, que podem perturbar a oferta mundial de petróleo, prejudicar a confiança e debilitar a ainda frágil retoma do investimento empresarial".

Outro dos riscos destacados é "o aumento das barreiras alfandegárias entre os EUA e os parceiros comerciais, em particular a China", que "prejudicou o sentimento económico e agravou as desacelerações cíclicas e estruturais que ocorreram em muitas economias ao longo do último ano", tendo-se as disputas estendido ao setor tecnológico.

"As perspetivas para uma resolução duradoura das tensões comerciais e tecnológicas continuam indefinidas, apesar de algumas informações esporádicas favoráveis acerca das negociações em curso", sustenta o FMI, alertando para que "uma maior deterioração das relações entre os EUA e os seus parceiros comerciais (nomeadamente a União Europeia) ou das ligações comerciais envolvendo outros países poderão minar a recente retoma da indústria e do comércio internacionais, pressionando em baixa o crescimento mundial".

Segundo a instituição liderada por Kristalina Georgieva, a materialização de qualquer uma destas ameaças "poderá desencadear rápidas mudanças no sentimento dos mercados financeiros, realocações das carteiras de investimento para ativos seguros e um aumento dos riscos de financiamento, tanto empresarial como soberano".

E, adverte, "um endurecimento generalizado das condições financeiras deixaria a descoberto vulnerabilidades financeiras que se acumularam durante os anos de baixas taxas de juro, restringindo ainda mais os investimentos em maquinaria, equipamentos e bens duradouros e debilitando novamente o setor industrial e, eventualmente, o setor dos serviços, o que ampliaria os efeitos da desaceleração".

Também referidos pelo FMI são os "graves custos humanitários e a perda dos meios de subsistência" que os desastres naturais de origem meteorológica têm provocado em diversas regiões nos últimos anos e cuja continuação poderá levar a "ainda mais perdas em ainda mais países".

"As alterações climáticas, causa principal da crescente frequência e intensidade dos desastres naturais, já ameaçam as metas ao nível da saúde e economia, e não apenas nas regiões diretamente afetadas", considera a instituição financeira, advertindo que podem vir a colocar desafios a outras zonas que ainda não sentem os seus efeitos diretos, nomeadamente devido às migrações transfronteiriças ou ao 'stress' financeiro (no setor segurador, por exemplo).

O FMI baixou hoje as suas projeções para a economia mundial, estimando crescimentos de 2,9% em 2019, de 3,3% em 2020 e de 3,4% em 2021, sobretudo penalizados pelo desempenho de economias emergentes como a Índia.

As novas estimativas constam da atualização ao WEO do FMI e representam uma revisão em baixa de 0,1 pontos percentuais para 2019 e 2020 e de 0,2 pontos percentuais para 2021 face às anteriores previsões de outubro do ano passado.

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