Gastos com saúde pesam mais 3% nas carteiras dos portugueses
Os gastos com a saúde subiram 3% numa década e têm mais peso no orçamento familiar das famílias portuguesas do que média de 34 países da OCDE. Enquanto o Estado corta, as famílias têm que gastar mais, avança o Jornal de Notícias.
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Economia Cortes
Segundo o relatório da OCDE,'Health at a Glance 2013', divulgado ontem, de 2000 a 2011, a despesa das famílias portuguesas com saúde aumentou 3%, quando na média dos 34 países analisados baixou 1,2%. Os únicos dois países que se encontram à frente de Portugal são a República Eslovaca (que subiu 15,3%) e a República Checa (com 5,1%).
Gastos como medicamentos e cuidados dentários representam 4,8 % do orçamento das famílias portuguesas, quando a média da OCDE se fica pelos 2,9%. Neste momento, só a Coreia, o México e o Chile apresentam resultados mais elevados. A Holanda é o país que gasta menos, com apenas 1,5%.
O Estado está a gastar menos, mas as famílias gastam mais. Os cortes estão a ser conseguidos através da redução do preço dos medicamentos e dos salários dos profissionais de saúde e através de um menor investimento em programas de prevenção e saúde pública.
Segundo o relatório da OCDE, “os cortes em programas de combate à obesidade, uso abusivo de álcool e tabaco são uma fonte de preocupação”.
Portugal apresenta vários indicadores positivos relativamente à média da OCDE, como é o caso da taxa de mortalidade, a esperança média de vida, a queda no consumo de tabaco e álcool, o consumo de medicamentos e a utilização de genéricos, entre outros.
Contudo, segundo o Ministério da Saúde, ainda há “desafios importantes pela frente”, como a diabetes, o excesso de peso e obesidade, o uso excessivo de antibióticos, o tempo de espera nas cirurgias, e o envelhecimento.
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