Roubos pesam 49 mil milhões nas contas dos retalhistas europeus
O impacto da delinquência e o investimento em medidas de segurança têm um custo de 49 mil milhões de euros nas vendas dos retalhistas dos 11 países avaliados, segundo relatório 'Retail Security in Europe'.
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Economia Estudo
Com base nas contas do relatório da Università Cattolica del Sacro Cuore -- Transcrime e com o apoio da Checkpoint Systems, entre 2015 e 2017, a chamada perda conhecida e desconhecida, representou uma média de 1,44% das vendas das cadeias de retalho.
Se a este indicador se juntar o valor gasto em medidas de segurança e prevenção contra o furto, o impacto nas contas sobe para 2,1%.
O estudo resultou de um inquérito a retalhistas que representam cerca de 23 mil lojas da Alemanha, Bélgica, Espanha, Finlândia, França, Itália, Países Baixos, Polónia, Suécia, Reino Unido e Rússia. E incidiu sobre as perdas referentes a 3.500 lojas.
O comunicado das duas entidades que promovem o estudo refere que o valor apurado dos custos da delinquência corresponde à faturação total da quarta cadeia de distribuição europeia.
O documento detalha ainda que os setores mais afetados por estas perdas e obrigados a investir em segurança são a alimentação com um custo de 2,6% das vendas, seguida dos artigos têxteis (com 2,1%) e das estações de serviço.
Por categorias de produtos, o estudo revela que os cinco principais artigos furtados no retalho alimentar são as bebidas alcoólicas, queijo, carne, doces e enlatados.
No setor têxtil são os acessórios, malhas, calças e camisas. Os telemóveis e acessórios são os mais atrativos no segmento eletrónico.
Citado no comunicado, o diretor-geral da Checkpoint Systems para Espanha e Portugal, David Pérez del Pino, sublinha que é preocupante que as ações de alguns possam afetar financeiramente as empresas e os seus funcionários.
"À luz do difícil clima atual do comércio retalhista, é mais importante que nunca que se tome nota das conclusões e se adotem as medidas necessárias para reduzir as suas perdas", alerta o gestor.
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