Economia da África Austral vai continuar a crescer em 2019
O crescimento económico da África Austral deverá registar um abrandamento no quarto trimestre de 2018, mas ainda assim vai manter-se forte em linha com o comportamento recente para 2019, revela a análise desta semana da consultora Capital Economic.
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O Gabão, que viveu uma tentativa de golpe de Estado é um dos casos mais complexos da região, refere a consultora, embora este tipo de crises seja menos frequente numa região onde o funcionamento das instituições tem vindo gradualmente a melhorar e a fortalecer-se.
A análise semanal da consultora considera que a região sul-africana registou no quarto trimestre de 2018 um abrandamento face a um terceiro trimestre muito forte, mas vai manter-se robusta até ao final do ano.
A indústria registou um decréscimo de 2.8%, em outubro, para 1.6%, em novembro. Mas, ainda assim mantém-se em níveis elevados e dentro dos padrões recentes. E a análise dos números da produção industrial em dezembro sugerem que as condições favoráveis mantiveram-se no último mês.
Tendo em conta os preços do petróleo, um alívio da inflação, e um relativo fortalecimento dos negócios, a consultora estima também que o crescimento económico na região vai fortalecer-se em 2019, caminhando para cerca de 1,5% contra 0.5% em 2018.
A tentativa de golpe de Estado no Gabão veio recordar um turbulento passado africano, mas verifica-se que as tomadas militares do poder em África estão a ser cada vez mais raras, defende.
Desde 1965, passaram-se 16 anos sem golpes militares com sucesso na região, 11 dos quais tiveram lugar depois do ano 2000.
Além disso, regista a consultora, estas tentativas de golpe de estado tem crescido, embora de forma limitada, nas pequenas economias.
Os três mais recentes aconteceram na Guiné-Bissau, Burkina Faso, e Zimbabué e não tiveram sucesso.
No topo 10 das economias, nada acontece, desde a Costa do Marfim em 1999.
O estabelecimento de instituições mais fortes e estáveis foi um dos fatores chave para impulsionar o crescimento das economias nas recentes décadas, recorda.
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