Chineses gastaram mais de 27 mil milhões online no "Dia dos Solteiros"
Os consumidores chineses estabeleceram um novo recorde de gastos 'online' durante o "Dia dos Solteiros" no país, com as principais plataformas chinesas a faturarem, no total, 30,8 mil milhões de dólares (27,3 mil milhões de euros).
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Economia Carreira
O valor dos gastos representa um acréscimo de 27%, face ao ano passado.
Lançado em 2009 pelo gigante do comércio eletrónico chinês Alibaba, que opera os populares 'sites' de compras Taobao e Tmall, o "Dia dos Solteiros" consiste em promoções nas empresas de comércio eletrónico e grandes armazéns.
Durante a gala que marcou o dia, em Xangai, um ecrã exibiu em tempo real os gastos. Antes das 16:00 horas de domingo (09:00 em Lisboa), as vendas tinham alcançado os 24,2 mil milhões de dólares (21,1 mil milhões de euros), superando o total registado no ano passado.
O CEO do Alibaba, Daniel Zhang, considerou que os resultados refletem a "força e crescimento da economia de consumo" no país.
O "Dia dos Solteiros" começou a ser celebrado na China nos anos 1990 por estudantes universitários. A data escolhida é 11 de novembro pelos quatro 'um' que combinam neste dia (11/11), que afigura assim a condição de solteiro.
O Alibaba acabou por associar o dia a descontos em compras 'online'.
No Weibo, o Twitter chinês, vários comentários assinalaram o dia: alguns utilizadores anunciaram orgulhosamente que tinham resistido ao ímpeto do consumo, enquanto outros exibiam uma lista com todo o tipo de produtos adquiridos.
Jack Ma, o fundador do grupo Alibaba e um dos homens mais ricos na China, afirmou durante a abertura da gala em Xangai que o Dia dos Solteiros "não é um dia de descontos, mas antes de gratidão".
"É quando os retalhistas usam os melhores produtos e melhores preços como forma de agradecimento aos consumidores", disse.
A data acarreta também grandes impactos ambientais.
Enquanto as plataformas de comércio eletrónico se comprometeram a utilizar embalagens biodegradáveis como forma de reduzir o desperdício, uma pesquisa realizada este mês pela Greenpeace revela que muitos dos plásticos classificados como biodegradáveis e usados pelos retalhistas chineses podem ser destruídos apenas sob altas temperaturas, em instalações que são ainda raras no país.
A organização ambiental estima que, em 2020, este tipo de embalagens produzirá o equivalente a 721 cargas de camião de lixo, por dia, no país.
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