Altice Portugal dá "nota negativa" ao desempenho da Anacom
O presidente executivo da Altice Portugal, Alexandre Fonseca, deu hoje "nota negativa" à Autoridade Nacional de Comunicações (Anacom), acusando o regulador de "falta de diálogo" com o setor.
© Global Imagens
Economia Alexandre Fonseca
Alexandre Fonseca falava no debate Estado da Nação das Comunicações, no âmbito do 28.º congresso da Associação Portuguesa para o Desenvolvimento das Comunicações (APDC).
"O papel do regulador é muito importante, estamos disponíveis para um diálogo franco, reiteramos total disponibilidade para discutir problemas sérios", mas "o que assistimos no último ano" relativamente ao regulador Anacom resulta numa "nota negativa".
Com "uma regulação mais eficaz, mais aberta, colaborativa e conhecedora do setor (...) podemos pensar no futuro" desta área, acrescentou o gestor.
O presidente executivo da Altice Portugal, dona da Meo, criticou a intervenção do presidente da Anacom, João Cadete de Matos, no congresso.
"A minha preocupação" relativamente à regulação assenta em "três grandes fatores: uma falta de diálogo, diálogo que não é monólogo, não é uma feira de vaidades", prosseguiu o gestor.
Aludiu ao "diálogo que a regulação" tinha no passado e apontou que "isso não tem sido algo" que a Altice tem sentido.
Alexandre Fonseca apontou "desconhecimento e afastamento" do regulador "das temáticas relevantes do setor".
As telecomunicações dependem dos consumidores, "é preciso conhecer o consumidor não é o consumidor da José Malhoa [onde é a sede da Anacom]", afirmou.
"Este setor perdeu 1.500 milhões de euros de receitas [entre 2011 e 2017]" e, no mesmo período, os custos de regulação aumentaram de 23 para 31 milhões de euros, disse.
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