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"Não há poupança interessante se não houver investimento responsável"

O governador do Banco de Portugal, Carlos Costa, considerou hoje que a formação financeira é essencial para que os cidadãos saibam investir de forma responsável as suas poupanças, beneficiando a economia.

"Não há poupança interessante se não houver investimento responsável"
Notícias ao Minuto

19:54 - 11/09/18 por Lusa

Economia Carlos Costa

"Não há poupança interessante do ponto de vista do desenvolvimento económico se não houver investimento responsável e se não houver conhecimento do que fazer com o dinheiro que se recolhe ao longo da vida", afirmou Carlos Costa, na abertura do primeiro curso de formação de formadores do IEFP sobre formação financeira, em Lisboa.

O governador considerou que estimular a economia do país requer a "afetação eficiente dos recursos", para que haja produtividade, criação de emprego, e que para isso é importante a formação de quem investe, assim como o olhar atento do supervisor.

O curso de formação de formadores do IEFP sobre formação financeira destina-se a formar técnicos que deem noções de finanças nomeadamente a desempregados.

Também presente nesta cerimónia, a presidente da Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), Gabriela Dias, considerou que é importante que pessoas percebam em que investem, sobretudo quando o fazem em produtos em que "o risco nem sempre é percecionado", caso de dívida.

Além disso, acrescentou, "muitas das pessoas sem emprego podem dispor das poupanças a investir e aí torna-se ainda mais relevante salvaguardar" que o investimento é bem feito.

O presidente da Autoridade de Supervisão de Seguros e Fundos de Pensões (ASF), José Almaça, considerou também fundamental "promover o reforço ou aquisição de competências por parte da população ativa", sobretudo de uma população mais vulnerável como os desempregados, até porque as competências que ganham pode ser "potenciadoras de integração no mercado de trabalho".

Por fim, o ministro do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, Vieira da Silva, destacou que com mais literacia financeira os cidadãos poderão saber agir melhor em decisões importantes como "organização do orçamento familiar, decisões de investimento ou decisões de crédito", o que pode ter um "efeito multiplicador" sobre a economia do país.

À margem deste evento, Vieira da Silva foi questionado pelos jornalistas sobre se haverá aumentos extraordinários de pensões para o próximo ano.

O ministro não respondeu diretamente, referindo que "o aumento será conhecido mais tarde", e acrescentou que a aplicação da lei significará aumentos das pensões acima da inflação para 70% dos pensionistas. Os restantes terão aumentos de acordo com a inflação.

Vieira da Silva também não comentou a proposta da Confederação Empresarial de Portugal (CIP) de reduzir a Taxa Social Única (TSU) suportada pelas empresas, um alívio que serviria para pagar formação dos trabalhadores.

"Ainda não tive oportunidade de falar com a CIP, haverá reuniões em que essa instituição e outras farão as suas propostas e gostaria de reservar para esse momento a reação. A formação profissional é extremamente importante e as empresas têm papel importante no seu desenvolvimento", afirmou.

Por fim, disse que ainda não foi iniciado o debate sobre o aumento do salário mínimo, quando se fala que pode ser fixado em 2019 acima dos 600 euros, dizendo que esse tema estará na agenda mais para o final do ano.

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