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Greve da Ryanair obriga portugueses a procurar alternativas mais caras

Muitos emigrantes portugueses a viver na Alemanha estão a ser hoje afetados pela greve de 24 horas convocada pelos pilotos da Ryanair, e as alternativas passam por esperar ou "arranjar um voo muito mais caro".

Greve da Ryanair obriga portugueses a procurar alternativas mais caras
Notícias ao Minuto

13:35 - 10/08/18 por Lusa

Economia Viagens

A companhia de baixo custo revelou que hoje não serão realizados 250 voos de 2.400 de e para a Alemanha, na sequência da greve do sindicato alemão Vereinigung Cockpit.

Mário Barros confessa que a paralisação marcada para hoje "acabou por estragar as férias". O emigrante português tinha voo marcado para Faro esta tarde, mas acabou por ver na aplicação da Ryanair que tinha sido cancelado: "Eles dizem que enviaram um email, mas eu não recebi nada, apenas vi ontem na aplicação, quando ia fazer o check-in".

"Acabei por ligar para o aeroporto de Dusseldorf e foi quando me confirmaram que o voo tinha sido cancelado e então dei início ao pedido de reembolso", adianta, explicando que as alternativas eram "arranjar um voo mais caro ou esperar uma semana".

Conseguir outro voo "já está fora de questão", principalmente por causa dos preços: "Na TAP um voo para Lisboa está quase a 400 euros e eu nem sei quanto tempo vai demorar o reembolso da Ryanair".

Nos planos estava um voo até Faro e depois uma viagem de comboio até Lisboa, terra natal, onde ficaria de férias durante duas semanas. Agora os planos são outros: "Acabou por me estragar as férias. Em princípio só vou no Natal, vamos ver. Ryanair acabou. Vou pela Vueling ou pela TAP".

Milton Santos também garante que não volta a viajar pela Ryanair, adiantando que foi a primeira vez que marcou "viagem com eles e também foi a última". Tinha escolhido uma "alternativa económica" que o levava de Lisboa para Frankfurt, depois apanharia um comboio até Berlim, cidade onde vive há dois anos e meio. "Ia ficar um dia em casa de um familiar e depois seguia viagem", revela.

"Recebi um email na quarta-feira a informar que o meu voo ia ser cancelado. Pesquisei na internet para perceber quais são os meus direitos e pedi o reembolso do bilhete já comprado. Como na segunda-feira tenho que voltar ao trabalho, não tive outro remédio que comprar um bilhete de última hora", contou.

Hoje, às 6:30 da manhã, já estava no aeroporto da Portela, em Lisboa, "apesar do dia do voo ser o mesmo que o anterior, a companhia aérea é outra, e tive que pagar um valor extra que não estava nos meus planos gastar".

"É a primeira vez que viajei com a Ryanair e também é a última. Desta vez tive sorte porque encontrei um voo no mesmo dia, mas nem toda a gente teve essa sorte", acrescentou à chegada a Frankfurt.

Os pilotos da Ryanair das bases na Holanda, Alemanha, Irlanda, Suécia e Bélgica cumprem hoje uma greve de 24 horas.

A companhia de baixo custo garantiu que vai realizar 85% dos voos programados para hoje, enquanto os sindicatos referem que 67 mil passageiros são afetados pelo protesto.

Os sindicatos de pilotos avançaram para a paralisação numa tentativa de pressionarem a administração a aumentar os salários e a melhorar as condições de trabalho.

A greve começou às 04:01 (hora de Lisboa) e terminará no sábado, às 03h59.

Na semana passada, tripulantes de cabine de Itália, Portugal, Espanha e Bélgica estiveram em greve para reclamar, nomeadamente a aplicação das leis laborais nacionais e não da irlandesa.

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