Novas empresas constituídas em Portugal aumentam 10,6% até julho
As novas empresas constituídas em Portugal aumentaram 10,6%, para 27.708, nos primeiros sete meses do ano face ao período homólogo, com o "grande impulso" a vir do turismo, segundo um estudo da Informa D&B hoje divulgado.
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Economia Estudo
"Este crescimento regista-se na quase totalidade dos setores, mas o grande impulso vem dos setores ligados ao turismo", conclui o trabalho, destacando que as atividades imobiliárias, construção, alojamento e restauração (apesar de "algum abrandamento" nos últimos dois meses), o transporte ocasional de passageiros em veículos ligeiros e outros serviços relacionados com o turismo representaram "quase três quartos do crescimento registado e quase 40% das empresas constituídas entre janeiro e julho deste ano".
Em sentido contrário aos restantes setores, na agricultura, pecuária, pesca e caça ocorreu uma descida nas constituições (menos 402 empresas, -33,6%), com "maior impacto" nas regiões Norte, Centro e Alentejo.
Já os 9.296 encerramentos de empresas e outras organizações registados nos primeiros sete meses de 2018 representaram um aumento de 17,8% face ao mesmo período no ano passado, reportando o estudo que este aumento "se tem acentuado desde abril".
"Dos quatro setores que mais contribuem para este aumento destacam-se as indústrias transformadoras e os grossistas, setores de elevada importância nas exportações, e ainda o retalho, que registaram uma baixa dinâmica no nascimento de empresas e um aumento significativo de encerramentos", refere a Informa D&B.
No setor da construção, acrescenta, "o aumento de encerramentos acompanha o aumento de nascimentos de empresas".
No que se refere às novas insolvências registadas, num total de 1.452, manteve-se até julho "o ciclo de descida iniciado em 2013", tendo a totalidade dos setores descido ou mantido o número de novos processos de insolvência.
No período em análise, quase 70% das novas insolvências concentraram-se nas indústrias transformadoras (21%), retalho (16,3%), serviços (16,3%) e construção (14,2%).
Em julho, a percentagem de empresas que pagam dentro dos prazos acordados (15,1%) manteve-se - em linha com os primeiros meses do ano - de 2018, com "os valores mais baixos desde 2007, sendo transversal a todos os setores e regiões".
"Este indicador está em queda desde setembro de 2017", nota a Informa D&B, esclarecendo que o atraso médio de pagamento situa-se nos 26 dias, um valor semelhante ao registado nos últimos 12 meses, com mais de dois terços das empresas a pagar com um atraso até 30 dias.
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