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Da fusão PT/Oi até ao anúncio de compra da Media Capital

Cronologia dos principais acontecimentos na história da Portugal Telecom (PT) desde a fusão com a Oi, passando pela sua compra pela Altice, até ao anúncio de aquisição da Media Capital.

Da fusão PT/Oi até ao anúncio de compra da Media Capital
Notícias ao Minuto

12:00 - 02/06/18 por Lusa

Economia Cronologia

2014 

- Em 20 de março, a Autoridade da Concorrência (AdC) confirma a aprovação da fusão entre a PT e a Oi e, sete dias depois, as assembleias-gerais das operadoras aprovam o aumento de capital.

- Em 05 de maio, a PT transfere os seus ativos -- MEO, Sapo, entre outros -- para a Oi, como o previsto no processo de fusão.

- Na sequência da crise do Banco Espírito Santo (BES), acionista de referência da PT, e do Grupo Espírito Santo (GES), a operadora é envolvida no processo e vem a esclarecer, em 30 de junho, que tinha subscrito, através de duas subsidiárias, um total de 897 milhões de euros em papel comercial da Rio Forte.

- Em 03 de julho, a Oi comunica ao mercado que desconhece o investimento da PT no papel comercial e pede esclarecimentos à empresa. Entretanto, a Rio Forte não consegue reembolsar os quase 900 milhões de euros que deve à PT, pelo que o acordo de fusão com a Oi é alterado em meados de julho, fragilizando a situação da operadora.

- Em 29 de julho é anunciado que o presidente executivo e 'chairman' da PT, Henrique Granadeiro, já não faria parte do Conselho de Administração da nova empresa resultante da fusão, cujo acordo inicial previa que fosse vice-presidente e, em 07 de agosto, o gestor demite-se de todos os cargos na operadora de telecomunicações.

- Em 08 de setembro, os acionistas da PT aprovam o novo acordo com a Oi.

- Em 08 de outubro, o presidente executivo da Oi, Zeinal Bava, demite-se do cargo, ainda no rescaldo das aplicações financeiras da PT na Rio Forte. A saída de Bava coincide com as notícias sobre o interesse do grupo francês Altice em comprar à Oi a operadora portuguesa.

- Em 03 de novembro, a Altice propôs comprar à Oi os interesses da PT fora de África, excluindo a dívida da Rio Forte, no valor de 7.025 milhões de euros. Dois dias depois, a empresária angolana Isabel dos Santos manifestou disponibilidade para "integrar uma solução" para a operadora que promovesse "a defesa do interesse nacional".

- Em 09 de novembro, a Terra Peregrin -- Participações SGPS, da empresária angolana Isabel dos Santos, lança uma Oferta Pública de Aquisição (OPA) sobre a totalidade das ações da PT SGPS (atual Pharol), no valor de 1,21 mil milhões de euros.

- Em 30 de novembro, a Altice sobe a oferta em 375 milhões de euros para 7.400 milhões de euros.

- A administração da Oi aprova por unanimidade a venda da PT Portugal à Altice em 05 de dezembro e quatro dias depois é assinado o acordo definitivo.

 2015 

- Em 02 de junho, a Altice conclui a aquisição da PT Portugal.

 2017 

- Em 30 de junho foi tornado público que a PT Portugal iria transferir 118 trabalhadores para as empresas do grupo Altice -- Tnord e Sudtel -- e ainda para a Visabeira, utilizando a figura de transmissão de estabelecimento. No início de junho, a empresa já tinha anunciado a transferência de 37 trabalhadores da área informática da PT para a Winprovit. No total, são 155 trabalhadores transferidos.

- Em 05 de julho, os sindicatos afetos à PT Portugal anunciam a convocação de uma greve geral para 21 de julho contra a transferência de trabalhadores para outras empresas do grupo Altice e parceiros, além de um conjunto de ações de protesto.

- Em 14 de julho, a Altice anuncia que chegou a acordo com a espanhola Prisa para a compra da Media Capital, dona da TVI, numa operação avaliada em 440 milhões de euros.

- Quatro dias depois, em 18 de julho, a Altice anuncia que Cláudia Goya é a nova presidente executiva da PT, substituindo Paulo Neves. Este último mantém-se como presidente do Conselho de Administração do grupo em Portugal e irá liderar o processo regulatório da compra da Media Capital e a coordenação entre os ativos portugueses da Altice.

- No dia 21 de julho, os trabalhadores da PT entram em greve, a primeira em mais de 10 anos, em protesto contra a transferência dos trabalhadores e pela situação laboral da empresa.

- Em 19 de setembro, a Autoridade Nacional de Comunicações (Anacom) considerou que a compra da Media Capital pela Altice não deveria ter lugar "nos termos em que foi proposta", pois "é suscetível de criar entraves significativos à concorrência efetiva" em vários mercados.

- Em 17 de outubro, os três membros do Conselho Regulador da Entidade Reguladora para a Comunicação Social (ERC), na altura liderado por Carlos Magno, não chegaram a acordo sobre a proposta de compra da Media Capital pela Altice. Perante a falta de consenso, o processo passou para a alçada da Autoridade da Concorrência (AdC).

­- Em 20 de outubro, em declarações à Lusa, o presidente da Sonae, Paulo Azevedo, criticou a "não decisão" da ERC sobre a compra da Media Capital pela Altice, afirmando que o negócio "criará condições" para haver indignação com a "descoberta de uma operação 'Marquês' 10 vezes maior".

- Em 21 de novembro, Alexandre Fonseca assume "com efeito imediato" as funções de presidente executivo da Altice Portugal, substituindo Claudia Goya, que passaria a presidente não executiva ('chairwoman') da empresa de telecomunicações.

2018 

- Em 22 de janeiro, a ERC considerou que não era "o momento oportuno" para a nova equipa liderada por Sebastião Póvoas se pronunciar sobre a compra da Media Capital pela Altice Portugal.

- Em 15 de fevereiro, a AdC decidiu abrir uma investigação aprofundada à compra do grupo Media Capital pela Altice, dona da PT Portugal/Meo, por existirem "fortes indícios" de que a operação poderá resultar em "entraves significativos" à concorrência.

- Em 28 de março, o presidente executivo da Vodafone Portugal disse que a operadora interpôs uma providência cautelar de "pedido de suspensão da eficácia da intervenção da AdC" sobre a compra da Media Capital pela Altice Portugal.

- Em 28 de maio, a AdC rejeitou os compromissos apresentados pela Altice para a compra da Media Capital por entender que "não protegem os interesses dos consumidores, nem garantem a concorrência no mercado".

- Um dia depois, em 29 de maio, a Altice Portugal manifestou a sua discordância da rejeição da AdC e afirmou não estar disponível "para apresentar quaisquer outros" compromissos.

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