China Three Gorges vai oferecer 3,26 euros por cada ação da EDP
O consórcio chinês vai oferecer 7,33 euros por cada ação da EDP Renováveis
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Economia Negócio
Num comunicado, a CMVM esclareceu os pormenores da OPA que a China Three Gorges formalizou esta sexta-feira sobre a EDP. O consórcio chinês vai oferecer 3,26 euros por cada ação da EDP. Este valor representa um prémio de 4,82% face ao valor de mercado.
Esta oferta avalia a EDP em 11,9 mil milhões de euros, um valor superior ao que se esperava.
No caso da EDP, o valor é ligeiramente superior ao valor das ações da eléctrica no fecho do mercado esta sexta-feira e que foi de 3,11 euros.
Já no caso da EDP Renováveis, os investidores chineses vão oferecer 7,33 euros por cada ação, o que representa um desconto de 6,5%.
Os títulos da EDP Renováveis fecharam a valer um pouco mais do que a oferta por ação da China Three Gorges: 7,84 euros.
No anúncio preliminar da OPA, o grupo chinês CTG explica que a OPA sobre a EDP Renováveis se encontra sujeito ao sucesso da OPA sobre a EDP, também anunciada hoje.
A CTG considera mesmo em comunicado que, caso a OPA sobre a EDP tenha sucesso, é sua obrigação legal lançar uma oferta pública obrigatória sobre 100% do capital social da EDP Renováveis, isto excluindo as ações já detidas pela EDP.
Atualmente, a EDP detém cerca de 83% do capital da EDP Renováveis.
A CTG diz que mesmo adquirindo a EDP Renováveis que manterá o seu "caráter autónomo" bem como "a sua orientação estratégica em relação ao negócio que desenvolve", referindo que "não são esperadas quaisquer alterações substancias relativamente ao negócio e às atividades" da EDP Renováveis.
A CTG disse também, em comunicado, ser sua intenção "assegurar que as ações da EDPR permanecem admitidas à negociação em Portugal", na bolsa de Lisboa.
Além do sucesso da OPA à EDP, a OPA à EDP Renováveis é ainda sujeita a várias outras condições, segundo o anúncio preliminar, como a 'luz verde' das autoridades da concorrência dos países em que a EDP Renováveis está presente e também do Governo português.
Também para a OPA à EDP a CTG exige a não oposição do Executivo português.
O grupo chinês diz ainda que baseia a sua decisão de lançar a OPA sobre a EDP Renováveis no pressuposto de que não haverá "qualquer evento com impacto significativo na Sociedade Visada [EDPR] numa base consolidada, incluindo, sem limitações, na situação patrimonial, económica ou financeira da Sociedade Visada".
Especificamente, a CTG diz que espera que não haja decisões dos órgãos de gestão da EDP Renováveis relativas a emissões de ações, alterações de estatutos, alterações patrimoniais com impacto negativo na empresa ou decisões relativas a gastos com administradores.
Nomeadamente, no anúncio preliminar, é referido que que o "aumento da remuneração global dos membros de cada um dos órgãos sociais da Sociedade Visada ou de sociedades em relação de domínio ou de grupo para o ano de 2018 e anos seguintes" não deve ser feito "para um valor superior ao da remuneração global dos titulares dos mesmos órgãos sociais no exercício de 2017, exceto em relação a aumentos anuais em linha com a prática de mercado e com o histórico de aumentos para cada órgão social relevante".
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