A poucos dias de assinalar a sua despedida oficial do futebol com um jogo entre Santos e Benfica, Léo, antigo lateral esquerdo brasileiro, recordou a sua passagem pelo Estádio da Luz, entre 2005 e 2008 e mostrou que o carinho pelas ‘águias’ continua intacto.

“é uma emoção muito forte poder ser homenageado pelos dois clubes da minha vida. Os clubes a que eu me dediquei de corpo e alma”, disse, prometendo pisar o relvado: “Penso jogar uns minutos sim, só para dar um ‘tchau’ aos adeptos do Santos e do Benfica, recordar um pouco o legado que eu deixei”.

Agora com 41 anos, o ex-defesa garante continuar a seguir atentamente o percurso dos ‘encarnados’, uma vez que “o Benfica é daquelas coisas na sua vida que você não esquece”.

“Tenho um carinho muito grande pelo clube e pela torcida, quando surgiu uma oportunidade de um jogo de despedida foi o primeiro clube que me veio à cabeça, não tinha outra hipótese. Quero tornar público o meu agradecimento eterno ao Benfica, tenho um carinho e um respeito imensos pelos adeptos, eles sabem disso”, recorda em entrevista a A Bola, entusiasmando-se de seguida.

“E posso dizer uma coisa? O Benfica vai ser muito bem recebido aqui, vai ser recebido como merece, como grande clube da história do futebol, terá uma receção ao nível da grandeza e da instituição”.

Voltar a Lisboa é sempre uma possibilidade, garantindo que a sua identificação com o clube é total, mesmo tendo acontecido numa altura em que o clube não estava tão bem.

“Os meus tempos de Benfica, foram difíceis, foi um período de poucos títulos, de facto, não era um momento fácil na história do clube, mas a identificação ficou mesmo assim. Houve uma identificação imediata da minha parte com o Benfica e dos adeptos comigo, porque para mim não havia bola perdida, ia lutar por cada lance, tentar ganhar todos os duelos […]. O Benfica é raça, é paixão, é dedicação e eu sempre fui um jogador muito desse tipo”.

Léo garantiu também não se esquecer de “pessoas como o Luís Filipe Vieira, o Rui Costa, o Shéu Han, o Lourenço Pereira Coelho”. “O Benfica estará para sempre no meu coração, na minha memória por tudo o que fez pela minha carreira, sempre serei um adepto. Mais um adepto”, diz, recordando os tempos em que jogou com Rui Costa.

“O Rui Costa era um jogadro acima da média. Tive a felicidade de jogar com ele, posso dizer que joguei ao lado dele na minha carreira, e que também tive a sorte de participar no jogo da despedida dele. Mas o Rui é acima da média no campo, no balneário, no gabinete, na vida, em tudo”.