Quinito fez asa capas dos diários informativos durante a presente semana, depois ter aberto o seu coração para falar do falecimento do seu filho. O antigo treinador confessou não ter sido o pai ideal, devido ao tempo que o futebol ocupava na sua vida.
“Neste momento estou a perder por 50-0. Não valeu de nada o que ganhei, o que perdi, o que empatei, se no fim sofri uma derrota por 50-0. Vou tentar sair desta derrota, alguma situação que me permita ir a prolongamento ou a penáltis”, afirmou na altura, num cloóquio, onde foi homenageado pela Associação Nacional de Treinadores de Futebol (ANTF).
Henrique Calisto, também técnico de futebol, alinha pelo mesmo diapasão e diz que, quem está no futebol, deveria pensar a sua forma de estar.
“A sociedade portuguesa valoriza quem tem poder e dinheiro. Nós quisemos, nomeadamente a ANTF, que o exemplo de vida do Quinito fosse valorizado e festejado. E depois também quisemos tentar recuperar o Quinito, sabendo do drama que está a viver”.
“A lição é que o futebol é a coisa mais importante das coisas menos importantes. A forma obcecada como se vive o futebol leva-nos a que, quando somos colocados perante valores maiores, desçamos à terra. O exemplo do Quinito é um balde de água fria”, concluiu em entrevista a O Jogo.