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Boavista e não só. Os históricos da I Liga que viraram não profissionais

 O Boavista está de regresso ao futebol não profissional na próxima temporada, juntando-se a outros clubes longe do fulgor experienciado na I Liga, após falhar a inscrição no escalão secundário, ao qual tinha sido despromovido em maio.

PORTO, PORTUGAL - MARCH 9: Boavista supporters having fun during the Liga Portugal Betclic match between Boavista FC and Vitoria SC at Estádio do Bessa Sec. XXI on March 9, 2025 in Porto, Portugal. (Photo by Pedro Loureiro/Eurasia Sport Images/Getty Image

© Getty Images

Lusa
30/06/2025 11:40 ‧ há 5 horas por Lusa

Desporto

I Liga

O Boavista está de regresso ao futebol não profissional na próxima temporada, juntando-se a outros clubes longe do fulgor experienciado na I Liga, após falhar a inscrição no escalão secundário, ao qual tinha sido despromovido em maio.

 

Penalizados pelo incumprimento de requisitos financeiros, os 'axadrezados' foram, para já, relegados pela via administrativa à Liga 3, sendo que já não falhavam a presença na elite desde 2014/15, aquando da reintegração a partir do terceiro escalão nacional, revertendo a despromoção ditada em 2007/08 pelo Apito Final, processo derivado do Apito Dourado.

O Boavista é o nono clube com mais temporadas na divisão principal (62) e um dos cinco campeões nacionais, graças ao título vencido em 2000/01, que quebrou a hegemonia de Benfica, FC Porto e Sporting, tal como só havia conseguido o Belenenses, em 1945/46.

Com 77 épocas na I Liga, os 'azuis' tiveram diferendos com a SAD, da qual se separaram em 2018, obrigando-a a atuar fora do Restelo e sem o nome e os símbolos do clube fundador, enquanto recomeçavam a partir do último patamar do futebol distrital lisboeta.

Se o clube teve cinco subidas seguidas até à II Liga, na qual esteve em 2023/24, antes de voltar à Liga 3, a B SAD desceu desse escalão em 2021/22 e ao futebol não profissional na temporada seguinte, fundindo-se no ano passado com o Portalegrense, volvida uma ligação efémera ao Cova da Piedade e a estadia de uma época nos distritais de Setúbal.

As dissonâncias entre clube e SAD atingiram ainda o Beira-Mar, distante há 12 anos da I Liga, na qual soma 27 presenças, e a caminho da quarta época seguida no Campeonato de Portugal (CP), quarto escalão nacional, já depois de passar pelos distritais de Aveiro.

As dívidas impediram o licenciamento dos 'aurinegros' nas provas profissionais, em 2015, e levaram à insolvência da SAD, destino enfrentado há um ano pelo Vitória de Setúbal, inserido nos distritais e cuja 72.ª e derradeira presença entre os 'grandes' foi em 2019/20.

Igual contexto conheceu em 2013 a União de Leiria, que se reestruturou a partir da base da pirâmide nacional, foi campeã da Liga 3 em 2022/23 e competiu na II Liga nas últimas duas épocas, tendo em vista uma 19.ª aparição na elite pela primeira vez desde 2011/12.

As cisões do clube fundador com a SAD afetaram ainda o Atlético (24 épocas na I Liga), que pertenceu ao terceiro escalão e lutou em 2024/25 pela subida ao futebol profissional, tal como o Olhanense (20), hoje intitulado de Olhanense 1912 e nos distritais do Algarve.

Afastado do futebol sénior em 2004, após 24 presenças na elite e sucessivos problemas financeiros, o Sport Comércio e Salgueiros também mudou de designação para voltar à competição ao fim de quatro anos como Sport Clube Salgueiros 08, mas resgatou o nome e o emblema original a partir de 2016, sendo presença constante no CP desde 2020/21.

Outros clubes endividados levaram esse rumo, entre os quais o Olímpico do Montijo (três campanhas na divisão maior como Montijo) e o Seixal 1925 (duas como Seixal), ambos integrados nos distritais de Setúbal, a Naval 1893 (seis como Naval 1.º de Maio), recém-promovido ao CP, em contraste com o União 1919 (uma como União de Coimbra), e o Felgueiras 1932 (uma como Felgueiras), a caminho da segunda época seguida na II Liga.

De saída dos campeonatos nacionais está o Fabril do Barreiro, indissociável da evolução da empresa-mãe Companhia União Fabril (CUF), que acumulou 23 presenças na elite e passou por várias designações e ramificações - a já dissolvida CUF Lisboa competiu três vezes entre os 'grandes' como Os Unidos -, quebrando a seguir ao 25 de Abril de 1974, devido à nacionalização de várias empresas de um dos maiores conglomerados do país.

O União da Madeira 1913 não completou três anos como sucessor do União da Madeira, seis vezes primodivisionário e extinto em 2021, e desapareceu esta década, imitando o Carcavelinhos (cinco épocas no nível mais mediático) e o União Lisboa (uma), ambos na génese do Atlético, o Sport Lisboa e Elvas (duas), que se fundiu com o Sporting de Elvas para erguer O Elvas (cinco), e o Riopele (uma), outro dos clubes-empresa portugueses.

Último clube do Alentejo a participar na principal divisão, em 2000/01, e patrocinado pelo Grupo Delta, o Campomaiorense (cinco) descontinuou o futebol sénior e só compete na formação, enquanto o Académico do Porto (cinco) dedica-se às modalidades amadoras.

Afastados do futebol profissional estão Académica (64), Varzim (24), Sporting da Covilhã (15), Caldas e Sanjoanense (ambas com quatro), Fafe e Trofense (uma cada), todos na Liga 3, à qual subiram o Lusitano de Évora (14) e o Amora (três) através do CP, no qual estavam Tirsense (oito) e Leça (quatro) e passará a alinhar o Oriental (sete) em 2025/26.

Pelo contrário, o Barreirense (24) desceu aos distritais e juntou-se a Sporting de Espinho (11), União de Tomar (seis), Lusitano (três), Águeda (uma) e Ginásio de Alcobaça (uma), distanciando-se ainda mais da I Liga, na qual há dois clubes alvos de mutações recentes.

Promovido à II Liga em 2021/22 e ao escalão maior duas épocas depois, o Club Football Estrela resultou da fusão entre o Sintra Football e o Clube Desportivo Estrela, que tinha sido criado em 2011 e competiu a nível sénior nos distritais lisboetas entre 2018 e 2020, herdando o legado do dissolvido Estrela da Amadora, com 16 épocas entre os 'grandes'.

O AVS surgiu em 2023 com a transição para a Vila das Aves da SAD do Vilafranquense, que reformulou a sua identidade e apenas precisou de uma época para deixar a II Liga, tornando-se em 2024/25 no 73.º e último clube a debutar em 91 edições do campeonato.

O AVS tem atuado como anfitrião no estádio do Desportivo das Aves 1930, sucessor do Desportivo das Aves, que fez seis épocas na I Liga e viu a SAD ser extinta em 2020, na sequência de divergências com o clube, inscrito nos distritais nas três épocas seguintes.

Leia Também: Boavista vai tomar posição sobre leilão dos terrenos do Bessa. Eis a data

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