O treinador português é conhecido como um 'produto' de alta qualidade em qualquer parte do mundo, mas esta temporada tem sido particularmente complicada para os lusitanos que 'moram' um pouco por toda a Europa.
Com 'ameaças' de despedimentos e séries muito negativas de forma sequencial, vários timoneiros de clubes europeus têm vindo a ser colocados 'em xeque' e não têm certezas para o futuro próximo.
Enquanto uns 'passam fome'...
É verdade que há casos mais críticos do que outros, mas a precariedade do treinador português na presente temporada não deixa de ser uma maioria no panorama geral.
Começando pelos mais complicados, José Mourinho e Sérgio Conceição estão envoltos em dúvidas no que toca à continuidade no Fenerbahçe e no AC Milan, respetivamente.
No caso do Special One, a ausência de títulos ao longo da época e a falta de argumentos para combater a superioridade evidente do eterno rival Galatasaray poderão fazer com que os responsáveis turcos repensem nas declarações de que o luso não será despedido.
Já o ex-FC Porto, chegou com uma tarefa complicada em mãos, num país que bem conhece. Foi em Itália que fez grande parte da carreira, incluindo onde muitos consideram ter sido o seu auge enquanto jogador. No entanto, ter chegado e vencido logo a Supertaça italiana, alcançando ainda uma final da Taça nacional poderá não ser suficiente para garantir a continuidade do natural de Coimbra, dado que não conseguiu atingir os lugares de qualificação europeia para 2025/26.
E porque não é só de clubes que se fazem avaliações, temos também o caso complicado do ex-selecionador português Fernando Santos, que está, até ao momento, como 'homem do leme' na seleção do Azerbaijão. O treinador de 70 anos, que venceu um campeonato da Europa e uma Liga das Nações com Portugal, fez oito jogos, esta época, e não venceu nenhum, tendo apenas obtido um empate, sofrendo uma média de 2,75 golos por encontro realizado.
... há quem esteja 'na corda bamba'...
Por outro lado, existem vários casos em que será precisa uma avaliação tendo em conta o projeto a longo prazo que está a ser feito nos clubes em questão e, por razões distintas, Ruben Amorim e Paulo Fonseca talvez tenham a sorte de conseguir 'carta verde' para a próxima temporada.
O ex-Sporting conta com um projeto de complexidade extrema no Manchester United, que foi habituado a vencer, mas já não o faz, pelo que terá de colocar o plantel à sua imagem e, entretanto, tentar vencer a final da Liga Europa desta quarta-feira, dia 21 de maio, frente ao Tottenham para conseguir atrair reforços de maior qualidade com o futebol de Liga dos Campeões, no próximo ano.
Já Paulo Fonseca, continuará suspenso, devido ao castigo de nove meses que lhe foi atribuído e que perdura até 30 de novembro de 2025, pelo que vai começar a época sem poder estar no banco, com o voto de confiança de John Textor, proprietário do Lyon, que garantiu que iria apoiar o português e que uma rescisão não estaria em cima da mesa para o antigo técnico do AC Milan.
... e outros que estão 'fartos' de sorrir
Face a todos os casos acima mencionados, até pode parecer que está tudo em decadência, mas isso não pode estar mais longe da verdade. Isto acontece porque, na que muitos consideram ser a melhor Liga do mundo - a Premier League -, há três técnicos que não desarmam e sorriram bastante, esta temporada.
Um dos que mais motivos teve para sorrir foi Nuno Espírito Santo, que levou o Nottingham Forest aos lugares de qualificação europeia pela primeira vez desde 1995/96, estando a apenas um ponto dos postos da próxima edição da Liga dos Campeões. Para isto, venceu, pelo caminho, o campeão Liverpool, o Manchester City e até o Manchester United.
Quem também continua a 'dar cartas' na Liga inglesa é Marco Silva, que se encontra na 10.ª posição da tabela classificativa em mais uma temporada em que o Fulham foi coeso e consistente, estando ainda com possibilidades de conseguir chegar ao oitavo lugar, sendo que já garantiu que fará melhor do que o 13.º posto da época transata.
A grande surpresa desta edição da Premier foi mesmo Vítor Pereira, que chegou em finais de dezembro e fez um trabalho impressionante no leme do Wolverhampton, estando entre os nomeados para a conquista do prémio de melhor treinador do ano na competição, depois de salvar o Wolves da zona de perigo, tendo inclusive uma série de seis vitórias consecutivas e de oito sem perder.
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