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"O processo de centralização não vai resolver todos os problemas"

Fernando Gomes abordou o distanciamento de Portugal para com os Países Baixos no ranking da UEFA.

"O processo de centralização não vai resolver todos os problemas"
Notícias ao Minuto

11:22 - 25/12/23 por Notícias ao Minuto

Desporto Fernando Gomes

Já estivémos perto de França, na altura na quinta posição, para agora estarmos em sétimo e atrás dos Países Baixos. Portugal vai perdendo pedalada no ranking da UEFA e as equipas intermédias da I Liga continuam a ter muitas dificuldades em impor-se na Europa.

O presidente da Federação Portuguesa de Futebol (FPF), em entrevista ao diário O Jogo, abordou esta questão e realça que "o processo de centralização não vai resolver todos os problemas".

"Vejo com alguma preocupação, mas não é de agora. Recordo que em 2021, quando se estava a discutir o modelo competitivo que iria entrar em vigor a partir de 2024/25, tive o cuidado de chamar aqui os presidentes todos da I Liga, numa reunião também com o presidente da Liga, e ter-lhes transmitido o que se estava a projetar e chamado a atenção para tudo fazermos coletivamente para criarmos condições de competitividade dos nossos clubes que nos permitissem chegar ao quinto lugar. Nesse momento estávamos praticamente equiparados com a França. Sabendo o que se projetava, chamámos claramente a atenção da necessidade absoluta de tornarmos mais competitivas as nossas equipas", começou por dizer.

"Discutiram-se três questões. Por um lado, a quebra competitiva e a reformulação dos quadros competitivos, para evitar a sobrecarga aquando da participação das equipas nas fases a eliminar; a necessidade de elevar a competitividade das nossas equipas médias, porque estavam a ter um efeito extremamente negativo, pois os pontos conquistados pelos três grandes, e depois ainda pelo Braga, eram a dividir por seis; e, noutra circunstância, alertar que na liga holandesa estava a ser discutido de forma muito intensa o que poderiam fazer para que as equipas tivessem maior competitividade. Estavam a criar mecanismos para auxiliar as equipas intermédias, nomeadamente com uma parte da receita vinda das competições europeias a ser repartida por essas equipas e a alteração de quadros competitivos, com mudanças e alterações de jogos. Lembro-me perfeitamente de numa altura o Ajax jogar as meias-finais [da Liga dos Campeões] e uma jornada ser toda anulada para permitir que não tivesse jogos entre as meias-finais com o Tottenham", realçou, avisando que a centralização não é a solução para todos os dilemas.

"Não vai resolver os problemas todos. No processo de centralização, em determinado momento tínhamos criado uma empresa, idealizado um protocolo entre nós e a Liga para acompanhar esse processo, porque está definido no decreto-lei que a decisão tem de ter o aval da Federação. A nós, o que nos preocupa é como os montantes vão ser distribuídos. Mas também disse, quando nos separámos deste processo, que, da nossa parte, aprovaremos o que os clubes disserem. Agora, e dando o caso dos Países Baixos, o PSV ou o Feyenoord recebem 11 ou 12 milhões. Esse valor é praticamente o que recebe hoje o Braga. Não é essa capacidade financeira que os fez crescer enquanto país. Vamos ver em função do que está a acontecer no mercado o que vai suceder no processo da venda, mas depois como é que o produto da venda vai ser distribuído e se é para dar maior capacidade competitiva aos clubes intermédios, no sentido de acautelar essa prestação. O processo de centralização não vai resolver todos os problemas e do meu ponto de vista deve ser acompanhado de outras medidas estruturantes", rematou.

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