Análise: Foi um jogo com um grau de dificuldade elevado, até pelo que aconteceu no ano passado. A equipa técnica do Rio Ave montou bem a equipa, usou um disfarce tático-estatégico com mais um elemento no meio-campo. Procurámos controlar aquele espaço. Tivemos muito volume ofensivo na primeira parte. Se o campo tivesse 85 ou 90 metros, se calhar, estávamos a ganhar 3 ou 4-0 ao intervalo. Faltou sermos mais calculistas e meter a bola na baliza. O resultado ao intervalo era injusto.
A segunda parte abre com o único remate enquadrado do Rio Ave à baliza, que dá golo. A equipa foi percebendo as nossas intenções do ponto de vista estratégico. Os jogadores conseguem perceber rápido o que queremos, porque, durante a semana, antecipamos muitos critérios e procuramos trabalhá-los ao mais ínfimo detalhe. Quem entrou, acrescentou muito, e isso é um segredo da nossa equipa. Saber lidar com a adversidade em jogos anteriores permite-nos, em determinados momentos, ser quase um mecanismo para gerar sucesso quando estamos a perder. Aconteceu em Moreira [de Cónegos] e com o Farense. Ganhámos bem, com algum sofrimento, mas a vitória assenta perfeitamente pelo que fizemos. Não quero dizer que seria mais avolumada, mas é, claramente, merecida, e ninguém o pode negar