O encontro de cariz particular entre a Nova Zelândia e o Qatar, que se realizou esta segunda-feira, ficou marcado por um episódio de racismo, em pleno relvado. O jogo foi dado como interrompido ao intervalo.
Após o apito final do árbitro, e entrevistado por um canal de televisão do Qatar, Carlos Queiroz, selecionador dos qataris, mostrou-se surpreendido com a decisão da Nova Zelândia, considerando ter sido tomada com base num alegado acontecimento sem testemunhas.
"Ao intervalo, o capitão da Nova Zelândia informou-nos que tinham decidido não voltar ao jogo. Os factos são os seguintes: aparentemente, dois jogadores trocaram palavras, quem disse primeiro, quem disse depois, é apenas entre eles. Os jogadores da Nova Zelândia decidiram apoiar o companheiro de equipa e, como é óbvio, toda a nossa equipa apoiou o nosso jogador, mas o 'staff' da Nova Zelândia decidiu abandonar o jogo, sem testemunhas do que ocorreu", explicou o selecionador do Qatar.
O treinador luso alegou, ainda, que ninguém ouviu rigorosamente nada: "O árbitro, os bancos, os treinadores, ninguém ouviu. Foi apenas uma discussão entre dois jogadores e acho que este é um novo capítulo, que por certo ninguém entende. Agora deixemos as autoridades do futebol tomarem uma decisão sobre o que aconteceu neste jogo amigável. Acho que este caso ficará sob observação da FIFA. Perguntei ao treinador, aos árbitros, ninguém ouviu nada, pelo que, aparentemente sem testemunhas, não sei como a FIFA vai lidar com esta situação".
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