O Sporting regressou aos triunfos, na passada segunda-feira, frente ao Vitória SC (0-2), mas os sete pontos de atraso para o terceiro lugar, ocupado pelo Sporting de Braga, deixam os leões na expetativa de apenas cumprir calendário até ao fim da época, algo que até poderá ser positivo a longo prazo.
Rúben Amorim já vincou, por diversas ocasiões, estar constantemente a pensar no futuro do Sporting, sobretudo pelas oportunidades que tem dado e quer dar a vários jogadores, desde alguns que foram contratados a outros que têm emergido em contexto de formação, pelo que são precisamente esses atletas que podem 'beneficiar' do provável desfecho da temporada do emblema de Alvalade.
Cumprindo com a sua 'lógica', o treinador dos leões dispõe de mais cinco jogos até ao final da época - já sem a Liga Europa na equação - para poder dar (ainda mais) minutos aos atletas que não são chamados ao onze com a regularidade que certamente desejariam.
Sortes diferentes entre as aquisições
Da mesma forma que há casos de jogadores que chegaram ao Sporting e rapidamente somaram titularidades, como Ousmane Diomande por exemplo, também há outros que tardam em afirmar-se nas principais opções de Rúben Amorim, seja a partir do onze ou da condição de suplente utilizado.
Os exemplos de Rochinha e Sotiris serão talvez os mais flagrantes e que, face ao que resta da temporada, podem aproveitar para evitar uma eventual saída. O avançado português apenas foi titular em três jogos (o último dos quais no passado mês de outubro) e, desde o inicio de 2023, apenas foi a jogo por cinco ocasiões, com registos bem longe daqueles que registou ao serviço de Vitória SC e Boavista. Já o médio grego 'teima' em não sair do banco e ainda não foi opção no presente ano civil, tendo até jogado pelos bês.
Contratado no mercado de inverno, Mateo Tanlongo não está numa situação muito diferente e, entre muitas oscilações, não somou minutos nos últimos quatro jogos e nunca conseguiu ser titular, num contexto bem diferente do já referido Diomande ou de outros jogadores contratados, como Arthur Gomes ou Héctor Bellerín.
Joias da formação para lapidar (ainda mais)
Entre todos os jogadores que foram lançados gradualmente por Rúben Amorim, o nome de Youssef Chermiti destaca-se como aquele que mais aproveitou a 'lógica' do treinador dos leões, de tal forma que surge como o 16.º futebolista mais utilizado da época, mesmo tendo feito a sua estreia no início de 2023, no dérbi frente ao Benfica (2-2) na Luz. Porém, a história não foi a mesma com outras joias da formação.
Mateus Fernandes, Dário Essugo, Rodrigo Ribeiro, Fatawu Issahaku, Chico Lamba, Flavio Nazinho já conseguiram algumas visibilidade na equipa principal do Sporting, ainda que de formas diferentes e até mesmo em alturas distintas, sendo que Afonso Moreira e Diogo Travassos já chegaram a ser convocados, ainda que não tenham saído do banco.
Haverá espaço e condições para que todos estes jogadores mais 'desaparecidos' - desde os reforços aos atletas da formação - possam ainda sonhar com algo melhor na próxima temporada?
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