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O leão mandão não desiste de ser campeão: As notas do Tondela-Sporting

Não fosse o golo dos beirões e os verdes e brancos venciam 'sem espinhas'. Ainda assim, fica na retina a exibição gradualmente melhor que a equipa de Alvalade conseguiu fazer.

O leão mandão não desiste de ser campeão: As notas do Tondela-Sporting
Notícias ao Minuto

08:02 - 10/04/22 por Tiago Antunes

Desporto Análise

O Sporting conquistou na noite de sábado três pontos que lhe permitem se manter na luta pelo título. A equipa verde e branca teve uma entrada em falso e demorou a chegar ao ritmo certo, mas conseguiu-o.

Num mini-Estádio de Alvalade, já que as bancadas do Estádio João Cardoso estavam praticamente pintadas de verde e branco, os campeões nacionais entraram em jogo com algumas alterações. Era expectável que a defesa sofresse retoques por conta da ausência de Nuno Santos, mas a surpresa foi a saída de Paulinho do onze inicial. O avançado estava 'à bica' para o dérbi da próxima jornada e Rúben Amorim entendeu que a melhor opção seria poupar Paulinho a esse castigo.

O ataque acabou por funcionar sem o seu jogador de referência, principalmente na primeira parte. Nos segundos 45 minutos, o leão quase adormeceu e correu riscos. A saída de Ugarte era obrigatória para que o uruguaio pudesse jogar na Luz, mas, ao mesmo tempo, complicou o jogo do Sporting. 

Acabou por correr tudo bem para o campeão nacional que garantiu uma vitória que deixa o FC Porto pressionado, uma vez mais, no topo da tabela. O dragão vai jogar a Guimarães e um pequeno deslize pode tornar os últimos cinco jogos da I Liga os mais incríveis da temporada.

Dito isto, vamos às notas da partida.

A figura

Deixa de haver palavras para caracterizar a qualidade de Pablo Sarabia em campo. O espanhol esteve, pela enésima vez, em evidência com a camisola do leão, marcou golo numa excelente jogada que ajudou a construir, deu linhas de passe de forma constante, mesmo quando a condição física não era a mesma, deu sempre intensidade e verticalidade ao ataque do Sporting e, por isso, é natural ser novamente o melhor em campo. Vai deixar saudades ao futebol português.

A surpresa

Gonçalo Inácio esteve muito bem e de forma surpreendente. Conseguiu, finalmente, fazer uma partida segura no plano defensivo, sem distrações, falhas ou ofertas. No plano ofensivo, não é uma surpresa ver-se um golo de Gonçalo Inácio, mas estará a mentir quem disser que via o defesa central a marcar aquele golaço que acabou por desbloquear a partida. Nota-se uma evolução no defesa numa fase em que as partidas do Sporting são cada vez mais exigentes.

A desilusão

O Tondela, como a grande maioria das equipas que defrontar o Sporting, entrou em campo com superioridade numérica no meio campo. Contudo, no futebol praticado, tal não se notou e a culpa, se ela tiver de ser atribuída, será a Iker Undabarrena. O médio espanhol esteve desaparecido durante grande parte do jogo, pelo menos até ter sido substituído, tal como Rafael Barbosa, para entrarem Tiago Dantas e João Pedro que mudaram a fluidez do jogo a meio campo. Esperava-se melhor prestação do jogador mais experiente naquela posição do plantel beirão.

Os treinadores

Nuno Campos

Os primeiros dois minutos de jogo mostraram que a lição estava bem estudada. Boselli quis tapar as linhas de passe da defesa do Sporting para o meio campo, principalmente para Ugarte, e complicar a saída de jogo, enquanto a linha defensiva auriverdes pressionava os avançados leoninos e dava pouco espaço de manobra. A ideia era boa, mas o leão tinha mais para dar ao jogo. A intensidade colocada em campo pelo campeão nacional nem sempre foi acompanhada pelos beirões e isso foi decisivo para o resultado final. As contas da manutenção ficaram mais complicadas agora, mas o Tondela ainda tem grande chances de se manter na I Liga e se reorganizar na próxima temporada.

Rúben Amorim

Teve mais trabalho a gerir o plantel do que a dar indicações técnicas aos jogadores. Agiu bem ao não arriscar colocar Paulinho no onze titular. Um cartão amarelo e o avançado seria ausência de peso no dérbi da próxima jornada da I Liga na Luz. Contudo, a decisão de colocar Matheus Reis, igualmente 'à bica', a titular acabou por ser uma armadilha para o próprio treinador que não vai ter esse defesa no próximo jogo. Com Rúben Vinagre (opção direta) e Bruno Tabata (adaptado) à disposição, até porque o ataque do Tondela esteve contido o suficiente para se optar por outro jogador, a ideia de Rúben Amorim poderia ter sido outra. Ainda assim, a tarefa principal, que era vencer e não perder o ritmo, foi cumprida.

O árbitro

A grande asneira que fez foi ter ido para o campo vestido com as cores que o Tondela estava a usar na partida. Acabou por mudar de equipamento no intervalo. Na segunda parte, mostrou um cartão amarelo a Matheus Reis que provocou insatisfação, mas que foi justificado. Depois, podia ter optado por expulsar Adán pela entrada imprudente, mas preferiu manter o controlo dos ânimos, seja dentro como fora do campo. A maior decisão que teve de tomar foi assinalar o penálti a favor do Sporting que não foi sequer duvidoso. Uma arbitragem minimamente segura.

Leia Também: Leão vira 'rei da selva' na Beira Alta e bicampeonato ainda é possível

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