E já lá vão três "socos": As notas do Alemanha-Portugal

A seleção nacional de sub-21 perdeu pela terceira vez no jogo decisivo do campeonato da Europa.

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Ricardo Santos Fernandes
07/06/2021 07:55 ‧ 07/06/2021 por Ricardo Santos Fernandes

Desporto

Análise

Ainda não foi desta que Portugal se sagrou campeão da Europa na categoria de sub-21. Depois de 1994 e 2015, também 2021 se juntou aos anos em que a seleção nacional chegou à final, mas com o triunfo a fugir no jogo decisivo. Como referiu Rui Jorge, no final da partida, Portugal voltou a sofrer um “soco dos grandes”, e com uma medalha de prata a saber a pouco.

Do outro lado da barricada, a Alemanha ergueu mais uma vez o ‘caneco’, o terceiro do seu historial, quebrando a malapata que tinha em confrontos com o emblema lusitano:  nos três duelos anteriores - 2015 (meia-final), 2006 (fase de grupos) e 2004 (fase de grupos) - o triunfo tinha sorrido sempre a Portugal.

A Mannschaft venceu com um tento solitário de Nmecha, no início da etapa complementar, depois de uma primeira parte em que já tinham ficado bem patenteadas as dificuldades de Portugal em segurar a linha intermédia. Apesar dos 15 minutos iniciais, de bom fulgor para as cores lusas, rapidamente o vídeo do jogo passou a ser de controlo alemão, com sucessivas oportunidades para os pupilos de Stefan Kuntz. Porém, e de forma quase heroica, apareceu um Diogo Costa a obrar milagre atrás de milagre.

Uma mão cheia de boas intervenções que foram sempre adiando o sonho alemão e acalentando uma esperança que lusitana que podia, inclusive, ter-se consumado em felicidade pura se Tiago Tomás, no início da partida, e Vitinha, perto do intervalo, tivessem tido maior acerto na hora do remate final.

Na etapa complementar houve também muito coração e muita alma dos nossos meninos, mas a bonança não chegou e a triste sina portuguesa permaneceu. Mas, uma coisa é certa, vários ‘miúdos’ têm futuro garantido na seleção dos graúdos.

Vamos então às notas deste Alemanha-Portugal:

Figura

Todos os elogios e mais alguns. Diogo Costa foi o MVP do encontro e, por força do guardião do FC Porto, o sonho português manteve-se até ao soar do gongo. Terminou a partida com cinco intervenções de excelente nível e apenas deixou o cofre português ser arrombado pelo remate de Nmecha no início da etapa complementar.

Surpresa

Lukas Nmecha marcou o único golo da final, e provou que estamos perante um jogador que tem ‘filigrana’ nos pés. À margem do tento, conseguiu ainda operar quatro remates, três dos quais enquadrados.

Desilusão

Se transformássemos a exibição de Rafael Leão em sumo provavelmente morreríamos à sede, por força da paupérrima performance do avançado do AC Milan. Entrou ao intervalo e consta que teve 45 minutos em jogo, mas tudo espremido o resultado é de quase zero. Tem muito talento, consegue até, quando quer, colocar ‘fogo’ nas botas, porém, nesta final, pedia-se muito mais a um jogador que tem obrigação de fazer mais e melhor. Não fica bem substituir jogadores que entram no decorrer da partida, talvez aqui Rui Jorge devesse ter quebrado a norma.

Treinadores

Rui Jorge: Podemos até queixar-nos do que fez Vitinha no fim da primeira parte, mas não podemos esconder que a Alemanha foi dominante e melhor no cômputo dos 90 minutos. O selecionador não teve armas para quebrar esse domínio, nem antídoto para inverter o golo de Nmecha no início da etapa complementar. O percurso até à final merece os mais rasgados elogios, mas o amargo de boca fica, afinal todos ficam com a ideia de que Portugal teve a abordagem errada, tendo em conta as valências do seu opositor. E se os alemães anularam, e bem, as nossas virtudes, evidenciando as nossas lacunas a céu aberto, ao revés fica a ideia de que a seleção nacional não explorou, como devia, as fraquezas do seu opositor.

Stefan Kuntz: Conquistou o seu segundo título de campeão da Europa  de sub-21, sendo o quarto treinador a vencer a prova por duas vezes. O selecionador alemão estudou muito bem o seu opositor, e depois de 15 minutos de maior fulgor luso, cedo se percebeu como esta Mannschaft iria manietar o conjunto lusitano: através da força física. Com uma linha média mais robusta, Bragança e Vitinha acabaram por ser as maiores vítimas de um cérebro alemão mais musculado, e sempre mais clarividente no último terço do terreno de jogo. 

Arbitragem

Jogo controlado de Giorgi Kruashvili e sem interferência no resultado final. Advertiu disciplinarmente apenas quando necessário e terminou o encontro de missão cumprida.

Leia Também: Alemanha sagrou-se campeã da Europa e até o nosso 'kaiser' derrubou

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