Bastaram apenas sete minutos para o Benfica sair vitorioso do encontro diante do Tondela. Pizzi primeiro e Everton depois marcaram os golos da vitória encarnada na Beira Alta, resultado que permite aos comandados de Jorge Jesus manterem-se na perseguição ao segundo lugar da tabela.
O brasileiro, muitas vezes criticado pelas suas fracas prestações, foi a solução para a conquista dos três pontos diante de um Tondela destemido, e que até podia ter saído com pontos deste encontro.
Mario González foi a figura em destaque do lado da equipa da casa, com inúmeras ocasiões para fazer o gosto ao pé, mas os beirões nunca conseguiram desfeitear a baliza defendida pelo brasileiro Helton Leite.
Mas, se na baliza do Benfica esteve um guarda-redes inspirado, do outro lado também esteve em evidência Pedro Trigueira que, com um par de boas defesas, impediu que os encarnados saíssem da Beira Alta com uma vantagem mais confortável.
Com esta vitória, o Benfica reforça o terceiro lugar na tabela classificativa, com 66 pontos, mais oito do que o Sporting de Braga, quarto, e depende apenas de si para ficar a apenas um ponto do FC Porto na próxima ronda.
Mas vamos às notas do encontro:
Figura:
Everton Cebolinha esteve com a corda toda no encontro realizado na Beira Alta. Foi uma autêntica dor de cabeça para a defesa tondelense, deixando os adversários quase que a 'chorar' com a sua velocidade e capacidade técnica. Assistiu Pizzi no primeiro golo do encontro e marcou o segundo dos encarnados.
Surpresa:
Longe de ser uma surpresa, dadas as boas exibições que tem vindo a fazer nos últimos jogos, Mario González foi o jogador mais perigoso do lado da equipa da casa. Depois de uma primeira parte apagada, o espanhol foi muito perigoso para a defesa encarnada, e, não fosse o desacerto na hora de finalizar, tinha saído do encontro com mais um golo na sua contagem na I Liga.
Desilusão:
Haris Seferovic continua inconstante. É certo que é o melhor marcador da I Liga com 18 tiros certeiros, mas desperdiça muito mais oportunidades do que aquelas que concretiza. Em Tondela teve duas ocasiões flagrantes de golo, mas desperdiçou ambas de forma inacreditável. Corre o risco de ser ultrapassado por Pedro Gonçalves na lista de melhores marcadores.
Treinadores:
Pako Ayestarán: O Tondela entrou aguerrido no início do encontro, mas a pressão alta do Benfica, seguida de dois golos quase de rajada tirou agressividade aos beirões. Depois de uma conversa ao intervalo, a equipa da casa entrou com nova alma, e esteve várias vezes perto de marcar a Helton Leite. O demérito de Mario González 'condenou' os tondelenses.
Jorge Jesus: Grande entrada do Benfica em campo, nada comparada com o que aconteceu na receção ao Santa Clara. Pressionou alto no início da construção adversária, e colheu frutos com dois golos em sete minutos que quase mataram o encontro. A equipa entrou um pouco adormecida na etapa complementar, quase que a pensar no Clássico com o FC Porto, e, apercebendo-se disso, o técnico fez entrar Chiquinho e Pedrinho, dois jogadores que seguraram o encontro para o lado dos encarnados e estancaram o ímpeto dos tondelenses na entrada para os últimos 45 minutos.
Arbitragem:
Trabalho muito competente de Manuel Mota, deixando sempre rolar o ritmo de jogo e sem mostrar muitos cartões amarelos num encontro que também não o obrigou a tomar decisões difíceis.
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