O treinador do Benfica, Jorge Jesus, admitiu que a derrota com o Gil Vicente complica a tarefa dos encarnados até final da temporada, apontando o dedo ao antijogo do adversário.
Análise: Esta derrota complica um pouco toda a recuperação que temos vindo a fazer. Se empatássemos, perdíamos dois pontos, mas empatar e perder não é a mesma coisa. A partir do momento em que estávamos a perder por 0-2, tentámos recuperar da desvantagem. O Benfica não fez uma boa primeira parte, dividiu o jogo com o adversário. Na segunda parte, com a alteração tática que fizemos, a equipa começou a estar mais poder de pressão, mais jogadores na frente, e sofremos o segundo golo. São os golos que definem os jogos, como é óbvio. Tivemos remates, mas não tantos à baliza quanto os que finalizámos. O Benfica fez uma primeira parte da diferente da segunda. A segunda parte foi boa, para inverter o resultado, com algumas ocasiões de golo que não concretizámos. O adversário foi acreditando. Houve muito anti-jogo também. A partir do momento em que o Gil Vicente se colocou a ganhar, fez muito anti-jogo. Os adversários com cãibras e o árbitro para o jogo, mas normalmente só se tem de parar o jogo quando um jogador tem um choque de cabeça ou algo do género. Agora, cada vez que que um jogador está cansado temos que parar o jogo... Isto também tirou ritmo de jogo. O Gil Vicente fez o que o árbitro permitiu. Em Portugal, os guarda-redes tiram 15 ou 20 minutos de jogo. No último segundo é que os árbitros dão o cartão amarelo. Por isso é que somos a Liga da Europa com menos jogo, é impossível ter mais. Os árbitros têm alguma culpa, mas não foi por aí que perdemos. Retirou-se muito tempo de jogo, mas o que fizemos na segunda parte não justificava andarmos à procura do empate. Não fizemos e ficou mais complicado. Os jogadores bateram-se, acreditaram sempre. Taticamente, arriscámos o que tínhamos que arriscar. Este é um resultado que nos vai retirar esta marcha de recuperação. Agora, não há nada a fazer se não comentar este jogo e preparar o próximo.
Impacto da derrota: Tem impacto porque perdemos pontos para os adversários. Em relação ao próximo jogo, tudo se vai alterar. Temos vários dias para falar sobre o que aconteceu no jogo. Não posso dizer que este não foi um Benfica como aquele que jogou nas últimas jornadas, especialmente na segunda parte. Na primeira, não. O Benfica não conseguiu ser uma equipa pressionante. Dou os parabéns ao nosso adversário, porque ganhou. É preciso mudar vários parâmetros para se jogar mais em Portugal.
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