O FC Porto carimbou esta sexta-feira o passaporte para as meias finais da Taça de Portugal ao vencer, em Barcelos, o Gil Vicente por 2-0.
Numa partida em que os dragões vestiram uma espécie de fato para as duas metades, no primeiro tempo viu-se uma equipa portista muito pressionante e até com alguma nota artística, com o primeiro golo do jogo a surgir logo ao minuto 10.
Depois de uma desatenção defensiva, Luís Díaz e Tecatito Corona partiram o que restava da defensiva gilista e, perante a saída do guardião rival, o mexicano fez o 1-0 no jogo numa jogada de grande nível.
Mantendo o domínio no primeiro tempo, os azuis e brancos tentaram entrar na segunda metade de jogo a procurar o golo da tranquilidade, mas a equipa da casa equilibrou a partida e acabou por causar alguns calafrios, nomeadamente uma bola ao poste.
Porém, o resultado seria fechado com um golo de Taremi já nos instantes finais, com a equipa de Ricardo Soares a ficar pelo caminho e com os azuis e brancos a assegurarem viagem para as meias da Taça de Portugal.
Mas vamos às notas do jogo.
Homem da partida: Corona. Foi um dos elementos em melhor plano até ser substituído. A sua qualidade técnica é observável a quilómetros de distância e o golo que marcou, logo aos 10 minutos de jogo, com um chapéu de grande nível, mostrou toda a sua qualidade. Foi, como sempre, um dos mais agitadores em campo.
Surpresa: Beunardeau. Voltou a jogar depois de uma longa paragem e o guardião do Gil mostrou-se em bom plano. Salvou algumas ocasiões e não foi por sua culpa que o resultado final foi de 2-0. Não que tenha tido trabalho por aí no segundo tempo, mas foi uma boa novidade para o futebol português o seu regresso às balizas.
Desilusão: Lourency. Costuma ser, na maioria das partidas, um dos elementos em melhor plano do Gil. Chegou a estar associado ao interesse dos grandes, mas tem vindo a quebrar, em alguma medida, o seu rendimento. Ontem teve alguns lances onde claramente podia ter feito melhor, sobretudo porque já o vimos, nos relvados portugueses, em grande plano.
Treinadores:
Ricardo Soares: Foi algo surpreendido no início do jogo pela forma muito pressionante e determinada como entrou a equipa do FC Porto. Sofreu um golo aos 10 minutos que podia ter aberto porta a resultado mais gordo, mas soube reagrupar as tropas, aguentar as linhas e guardar a contra-ofensiva para o segundo tempo. Respondeu com as armas que tinha à sua disposição, mostrou um Gil de bom futebol e o resultado acabou por ser determinado pela maior qualidade dos jogadores rivais.
Sérgio Conceição: Montou a sua equipa para entrar com tudo, como sempre, e os seus pupilos responderam à altura. Nos minutos iniciais viu Corona marcar um, mas a verdade é que os azuis e brancos poderiam ter resolvido a partida mais cedo. Pareceu algo lento a reconhecer a necessidade de mexer no segundo tempo, mas saiu novamente com o mais importante: a vitória. Está nas meias, tem o Sp. Braga pela frente antes de chegar à final e poder defender o título conquistado na última temporada.
Árbitro: Rui Costa. Teve uma partida discreta o que para um juiz de campo é sempre sinal positivo. Sem lances de grande dificuldade para resolver, esteve bem no capítulo disciplinar e não ficou retida na memória qualquer decisão menos acertada.