Não foi uma goleada de mão cheia (porque faltou um mero golo), mas Rúben Amorim conquistou, no passado domingo, aquela que foi a maior vitória desde que chegou a Alvalade para render Jorge Silas, ao derrotar o Tondela, por 4-0. Um resultado categórico, acompanhado de uma das mais completas exibições dos últimos largos meses.

Pedro Gonçalves voltou a ser a principal figura da noite, ao fazer o gosto ao pé por duas vezes, acompanhado de Andraz Sporar (será que foi desta que conquistou o seu espaço nas ideias do treinador do Sporting?) e de Pedro Porro, que selaram o resultado final.

No entanto, uma das mais notórias diferenças da 'máquina' verde e branca esteve 'escondida' no centro do terreno, e deu pelo nome de... João Mário, que, passados mais de quatro anos, voltou a ser titular de leão ao peito, e logo com uma exibição de alto calibre.

Ainda que sem a 'frescura' física ideal, o médio cedido pelo Inter de Milão, não só deu uma fluidez completamente distinta ao Sporting (acertou 62 passes em 69, o que se traduz numa taxa de acerto de 90%), como ainda ajudou o companheiro de posição, João Palhinha, a 'tomar conta' do meio-campo (somou 11 recuperações).

João Mário foi, de resto, o segundo jogador em campo com mais toques (93, menos um do que Zouhair Feddal), assumindo uma influência que só não foi maior devido à falta de acerto em frente à baliza. De tal maneira que, das cinco vezes que tentou a sorte (só Andraz Sporar o superou neste capítulo), apenas por uma acertou no alvo.

Matheus Nunes que se cuide

Números mais do que suficientes para servir de 'aviso' a Matheus Nunes. O médio luso-brasileiro ficou, pela primeira vez na nova temporada, de fora do 'onze' titular, tendo entrado apenas aos 66 minutos, para o lugar de João Palhinha, acabando por ficar mais remetido a missões defensivas.

Sinais de confiança não faltam para o jogador de 22 anos, quer da parte de Rúben Amorim (é o sétimo elemento do plantel com mais minutos somados, apenas atrás do guarda-redes, Antonio Adán, dos centrais, Sebastián Coates, Zouhair Feddal e Luís Neto, e dos laterais, Nuno Mendes e Pedro Porro), quer da estrutura (renovou-lhe o contrato até 2025).

Agora, com concorrência reforçada para a posição, vê-se 'obrigado' a 'pedalar' ainda mais para não perder o estatuto... ou arrisca-se a ficar na 'sombra' de um médio que, aos 27 anos, dá o tudo por tudo para justificar os 45 milhões de euros que custou aos cofres do Inter de Milão, e para não perder o 'comboio' da seleção portuguesa rumo ao Campeonato Europeu.

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