A contratação de um defesa-central canhoto parece ser uma das prioridades do Benfica neste mercado de transferências, no que ao sector mais recuado diz respeito, dados os numerosos jogadores que utilizam o pé esquerdo que já foram apontados ao clube da Luz.

Gastón Silva, Léo Pereira, Cabrera e, mais recentemente, Jan Vertonghen foram os nomes apontados pela imprensa desportiva nacional como estando no radar do clube da Luz, suplantando outros nomes como Lucas Veríssimo, Robin Koch ou até Ezequiel Garay, todos centrais de pé direito e cuja função nos encarnados é desempenhada por Rúben Dias.

Mas, como referido, a prioridade no Benfica é a contratação de um central esquerdino e no Benfica essa posição é feita por Ferro, jogador que tem vindo a perder influência no clube da Luz, acumulando uma série de erros comprometedores nesta parte final da temporada, tendo até perdido o lugar no onze inicial para o veterano capitão de equipa Jardel.

Depois de ter sido um dos jogadores promovidos por Bruno Lage aquando a chegada à equipa principal em janeiro do ano passado, Ferro agarrou o lugar no onze e contribuiu com boas exibições, sendo um dos esteios da defesa encarnada ao lado de Rúben Dias. No entanto, o defesa português passou por um mau momento esta temporada e tem sido apontado como uma das desilusões deste ano no clube da Luz.

Ferro foi titular pela última vez na derrota do Benfica na Madeira frente ao Marítimo (0-2) e desde então nunca mais entrou no onze inicial dos encarnados, perdendo o lugar para Jardel que cumpriu os últimos seis encontros da temporada.

Com a chegada de Jorge Jesus ao Benfica, o treinador português estabeleceu como prioridade a contratação de um defesa-central de pé esquerdo de forma a 'remendar' aquele que foi o ponto fraco dos encarnados ao longo da última temporada dada a inconsistência e erros defensivos de Ferro.

Um dos primeiros nomes a surgir na agenda dos encarnados foi Gastón Silva, ainda nem Jesus tinha chegado ao clube da Luz. O uruguaio, que também foi apontado ao Sporting, está num diferendo com o Independiente, clube a quem pertence o seu passe, sendo que poderia chegar à Luz a custo zero. No entanto, nenhuma informação foi avançada recentemente sobre esta contratação.

Léo Pereira foi outro nome que surgiu no radar dos encarnados. O jovem foi treinado por Jorge Jesus no Flamengo e, de acordo com a imprensa desportiva, foi indicado pelo treinador português a Luís Filipe Vieira, mas os canarinhos exigem o pagamento da cláusula de rescisão de 25 milhões de euros para deixar sair o esquerdino.

Na última semana surgiram com mais frequência os nomes de Leandro Cabrera e de Jan Vertonghen. O defesa central uruguaio já tinha sido alvo de Jorge Jesus quando o técnico estava no Flamengo, mas o valor pedido pelo Espanyol travou a negociação. O amadorense voltou a indicar o ex-Atlético de Madrid quando regressou ao Benfica, mas o emblema catalão, que foi despromovido à II Liga espanhola, exige 15 milhões de euros para libertar Cabrera, jogador que até já terá chegado a acordo contratual com o clube da Luz.

Por fim, Vertonghen foi o mais recente jogador a ser associado ao Benfica, isto depois de também já ter sido colocado na órbita do Sporting. O internacional belga responde a um dos requisitos exigidos por Jorge Jesus: um central canhoto e com experiência em ligas competitivas.

O experiente defesa-central belga de 33 anos terminou contrato este verão com o Tottenham, de José Mourinho, e é, neste momento, um jogador livre, podendo assinar por qualquer equipa à sua escolha. Ainda assim, e à semelhança do caso de Cavani, Vertonghen poderá exigir um salário chorudo para assinar contrato com os encarnados.

O problema central está identificado por Jorge Jesus, e resta agora saber que jogador enche as medidas ao técnico português e que pode responder às exigências de um técnico que privilegia muito o processo defensivo.