O portal Goal dedica, este sábado, um extenso artigo ao famoso empate do FC Porto em Old Trafford, que permitiu à equipa então orientada por José Mourinho dar um passo em frente rumo à histórica conquista da Liga dos Campeões, em 2004.
A publicação chegou à fala com alguns dos principais intervenientes, entre eles Costinha, homem que, à beira do apito final, aproveitou uma defesa incompleta de Tim Howard após pontapé-livre cobrado por Benni McCarthy para marcar o golo do apuramento para os quartos-de-final.
O antigo internacional português recordou, no entanto, que nada correu como esperado, já que o plano inicial era Ricardo Fernandes rematar à baliza, e não o ex-avançado sul-africano, o que deixou o Special One furioso.
"Lembro-me que, naquele momento, não fizemos nada do que o José nos disse para fazer. Nada do que fizemos foi plano de Mourinho! O treinador pode preparar-te perfeitamente para os jogos, mas há momentos nos quais os jogadores mudam as coisas por si próprios, no bom sentido", afirmou.
"Naquele momento particular, não fizemos o que Mourinho queria. Fizemos de forma diferente, mas a bola entrou. O Howard deixou cair a bola, e John O'Shea estava desprevenido e não reagiu rapidamente. Eu reagi e, quando marquei, só vi as imagens dos meus adeptos. Esqueci-me de tudo e fui festejar com eles", acrescentou.
Costinha sublinhou, no entanto, que José Mourinho sempre acreditou no apuramento: "Ele disse 'Costa, olha para o sorteio. É o Manchester United. O primeiro jogo ´é em casa e o segundo é fora. Estás suspenso para o primeiro, mas vamos vencer por um golo e estarás no segundo, quando nos pressionarem. Bolas longas, duelos e vais afastá-los desta competição'".
"Que mais posso dizer sobre Mourinho? Ele estava certo, foi exatamente o que aconteceu. Ele sempre nos deu o estímulo certo na altura certa. Geriu a nossa mentalidade de forma perfeita. Manteve-nos sempre focados", completou.