José Peseiro, atual selecionador da Venezuela, concedeu uma entrevista ao jornal espanhol Marca na qual abordou a sua carreira enquanto treinador de futebol. A final perdida da Taça UEFA contra o CSKA Moscovo em Alvalade não passou ao lado, com o técnico a elogiar o plantel da época 2004/05.
"Penso que nem no FC Porto [2005/2016] nem na minha segunda fase no Sporting [2018/2019] tive um grupo tão forte. Faltava uma extensão da equipa, como no Real Madrid", afirmou o treinador português.
Sobre a final da Taça UEFA perdida, Peseiro lamenta não ter terminado essa época com títulos.
"Lutámos por tudo, mas não vencemos porque não tínhamos substitutos de qualidade para render os jogadores titulares. Tivemos um ótimo ano na Europa e jogámos a final da Taça UEFA [derrota em Alvalade frente ao CSKA Moscovo por 3-1]. Teríamos merecido ganhar, mas chegámos muito cansados", acrescentou.
Questionado sobre a aventura na Venezuela, o treinador, de 58 anos, assume que gostaria de qualificar a formação venezuelana para o Mundial de 2022.
"A Venezuela é o único país da CONMEBOL que não esteve num Mundial. Eu sei que não é fácil. Estar no Qatar'2022 é uma obrigação para os outros. Brasil, Argentina, Colômbia, Uruguai e Chile são candidatos, mas eu tenho esse sonho e a vontade de realizá-lo", afirmou Peseiro, antes de revelar como tudo aconteceu.
"Um agente ligou-me e perguntou se eu estava interessado. Eu tenho o sonho de estar num Mundial e começámos a falar. Conversei com o vice-presidente da Federação e três semanas depois viajei para Caracas para avaliar as coisas. Apresentei o meu projeto e assinámos. Passei 10 dias em Caracas e tudo o que vi pareceu-me normal. Depois viajei para Margarita e encontrei um Centro de Alto Desempenho com condições logísticas de alta qualidade", acrescentou.
Peseiro irá defrontar nas qualificações para o Mundial a Colômbia, orientada por Carlos Queiroz. Sobre o reencontro com o compatriota, que foi treinador do Real Madrid quando Peseiro era seu adjunto, o treinador sublinha que a amizade irá prevalecer.
"O Carlos foi meu professor na universidade, depois convidou-me para ir para Madrid com ele e temos um relacionamento muito próximo. Conversamos muitas vezes. Será a primeira vez que nos encontraremos e, aconteça o que acontecer, continuaremos amigos", concluiu.