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Benfica campeão: Os rostos da conquista e os registos que importam

Encarnados alcançaram o 37.º título nacional. De Lage a Pizzi, eis as figuras desta temporada.

Benfica campeão: Os rostos da conquista e os registos que importam

A tarde de sábado foi de consagração para o Benfica. As águias, lideradas por Bruno Lage, golearam (4-1) o Santa Clara na última jornada da 34.ª jornada da I Liga e, após o apito final, levantaram o troféu de campeão nacional. O Benfica somou assim o 37.º título nacional e há rostos que lhe vão ficar associados. 

Lage, a face mais evidente do sucesso encarnado 

A maior figura deste Benfica campeão em 2018/19 é Bruno Lage. O técnico de 43 anos pegou na equipa principal das águias a meio da temporada, em janeiro, e assinou uma segunda volta quase implacável no campeonato. 

Em 19 jogos, o Benfica de Lage venceu 18 e empatou um, além de ter marcado 72 golos contra 16 sofridos. Os números não deixam qualquer margem para dúvida, mas ganham maior força quando contextualizados em janeiro. Bruno Lage pegou neste Benfica à 16.ª jornada, altura em que o Benfica ocupava o quarto lugar do campeonato a sete pontos do então líder FC Porto. 

Notícias ao MinutoBruno Lage arrecadou o primeiro título enquanto treinador de equipa senior© Global Imagens

Lage recuperou os jogadores, cujo estado anímico estava visivelmente em baixo, reconquistou os adeptos e devolveu as boas exibições ao clube da Luz.

Seferovic, o rei do golo 

A tarefa de escolher, por entre o plantel do Benfica, os jogadores mais importantes nesta conquista do campeonato é complicada. No entanto, quando se falam em golos, as coisas tornam-se bem mais fáceis. Haris Seferovic era apontado, no início da época, como jogador dispensável face às contratações sonantes de Ferreyra e Castillo. O avançado parecia ser a quarta opção para o ataque encarnado, mas fruto de algumas situações acabou por aparecer no onze encarnado e correspondeu com... golos. Muito golos. 

Notícias ao MinutoSeferovic abriu caminho para o título no último jogo da temporada encarnada. © Global Imagens 

Seferovic foi mesmo um amuleto constante do Benfica ao longo do campeonato. Ontem marcou mais dois e acabou coroado com o estatuto de maior goleador do campeonato com 23 tiros certeiros, sendo que nenhum deles foi apontado através da cobrança de qualquer de grande penalidade. 

Seferovic nunca tinha feito tantos golos numa só temporada, muito menos numa só competição. A melhor época do internacional suíço aconteceu em 2014/15 quando marcou 11 golos em 34 jogos ao serviço dos alemães do Eintracht Frankfurt. 

Assim sendo, tendo em conta o seu desempenho ao longo de todo o campeonato, é impossível dissociar Seferovic do Benfica campeão em 2018/19. 

Samaris, o 'Ás' de Lage 

O internacional grego viveu uma temporada de duas caras composta por uma parte sombria e outra bem brilhante. Felizmente para Samaris, o brilho conseguiu superar tudo o que de cinzento viveu em 2018/19. A chegada de Bruno Lage deu uma nova vida ao grego que, inesperadamente, assumiu conta de um lugar 'cativo' no meio campo encarnado. Fejsa lesionou-se e Lage não teve medo em pôr Samaris que, diga-se, agarrou o lugar até final da época. 

Ao mesmo tempo que a temporada caminhava para o fim, e com o Benfica cada vez mais próximo do desejado título, o futuro de Samaris parecia instável face ao impasse na renovação. No entanto, esta aconteceu mesmo, durante a última semana, e acaba por ser um justo prémio para o médio. Afinal de contas, Samaris foi um dos melhores jogadores encarnados na segunda volta encarnada. 

Félix, o novo 'menino de Luz' 

João Félix é um dos nomes que promete agitar o mercado de transferências durante o verão. Este jovem avançado português deu nas vistas desde muito cedo, ainda na era Rui Vitória, quando à 3.ª jornada entrou no jogo diante do Sporting, no Estádio da Luz, e marcou um golo que valeu um empate. 

Notícias ao MinutoJoão Félix é uma das figuras do Benfica campeão em 2018/19. © Global Imagens

Com Rui Vitória, o novo menino bonito da Luz foi jogando a espaços, conseguindo, posteriormente com Bruno Lage, assegurar um lugar no onze encarnado. 

Os números não deixam dúvidas de que Félix deixou de ser uma promessa e passou a ser uma certeza: 20 golos em 42 jogos pela equipa principal do Benfica. Estes são dados daquela que foi a sua época de estreia enquanto jogador sénior. O futuro de João Félix será brilhante, resta saber se passará pelo Estádio da Luz. 

Rafa, o velocista goleador 

Outro dos rostos maiores deste Benfica é Rafa Silva. Depois de duas temporadas aquém das expectativas, o internacional português explodiu no Benfica à terceira época. Rafa conseguiu aliar a enorme velocidade que consegue atingir - com e sem bola - à eficácia de marcar na hora da verdade diante da baliza. 

Criticado por falhar muitos 'golos cantados', Rafa calou as críticas com números que fazem corar qualquer avançado que fique abaixo da marca dos 20 golos. Rafa é um extremo ou um segundo avançado, mas conta com números bem demonstrativos do quão importante é no Benfica. 21 golos em 44 jogos disputados esta temporada ao serviço das águias, sendo que 17 foram apontados no campeonato. 'Apenas' ficou atrás de Seferovic (23) e Bruno Fernandes (20). 

Importa também lembrar que Rafa funcionou como um 'abre latas' quando o Benfica mais precisava. Foi ele quem, quase sozinho, deu a volta ao marcador na receção ao Portimonense e quem inaugurou o marcador numa complicada visita a Vila do Conde. E não menos importante foi aquele golo no Dragão que acabou por valer o triunfo do Benfica na casa do rival FC Porto (2-1). 

Pizzi, o maestro das assistências 

Por fim, mas não menos importante, está Pizzi. Habituado a ser uma das figuras maiores do Benfica nas últimas temporadas, o internacional português voltou a provar o porquê de ser titular indiscutível na equipa das águias.  

No campeonato, Pizzi contabilizou 13 golos e 18 assistências num total de 34 jogos. O centrocampista fez todos os jogos do Benfica na Liga e acabou coroado como o rei das assistências. Atrás do 21 das águias, dentro da realidade encarnada, ficaram André Almeida (12) e Grimaldo (12), dupla de laterais que também desempenhou um papel fundamental na conquista do campeonato. 

Melhor ataque mora na Luz 

Para fechar, nota para a veia goleadora do Benfica esta temporada. Em 34 jogos, as águias balançaram as redes por 103 vezes, algo que não acontecia desde 1963/1964. Na era Bruno Lage foram marcados 72, menos dois do que aqueles apontados pelo FC Porto em toda a temporada (74). 

Benfica e FC Porto protagonizaram, num bom sentido, uma feroz e acesa luta pelo título. No final, foram as águias que levantaram a Taça. 

Ainda assim, também é justo sublinhar que a melhor defesa mora no Estádio do Dragão. Ao longo de toda a temporada, a equipa de Sérgio Conceição encaixou apenas 20 golos, ao passo que as águias averbaram mais 11. 

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