O Benfica visita, este sábado, o FC Porto, líder isolado do campeonato, com um ponto de vantagem, mas Bruno Lage não acredita que este jogo seja "decisivo" para o desenrolar da prova. Em conferência de imprensa realizada no Seixal, o treinador dos encarnados confirmou, ainda, que Jardel não estará apto para defrontar o eterno rival.

Jogo diferente do da Taça da Liga: É um jogo muito importante, mas não é decisivo. Decisivo é uma equipa ser regular. Temos feito isso nos últimos dois meses e temos de continuar a fazer. Estes jogos são importantes, como o da primeira volta, quando o Benfica venceu ainda sobre a liderança do mister Rui Vitória, mas não conseguiu ser tão regular como o adversário, que está à frente. São jogos importantes, um pouco mais decisivo porque faltam menos pontos.

Onze do FC Porto: Mais importante do que estar aqui a adivinhar o onze, é tentar perceber a dinâmica do FC Porto, independentemente do sistema. Tem alternado entre o 4x4x2 e o 4x3x3. O mais importante é perceber as dinâmicas, e elas estão bem identificadas. Uma dinâmica diferente à direita, pelo ala e pelo lateral. E depois perceber onde Herrera pode jogar. A equipa, coletivamente, é muito forte, com uma organização defensiva muito boa, e também ofensiva. Estamos preparados para isso. Temos os vários cenários em mente.

Que opinião tem de Sérgio Conceição: Trata-se do campeão nacional, com carreira na primeira divisão e a nível internacional. Por si só está apresentado. Eu ainda estou a começar.

Nervosismo no plantel: Diga-me um jogo desde a minha entrada que não tenha sido decisivo. Não houve nenhum. É manter o equilíbrio em tudo. Tentar encontrar o nosso rumo e ser consistentes, que é isso que faz as equipas vencerem campeonatos.

Jovens preparados para a pressão do Dragão: Independentemente de jogar no Dragão ou não, se contabilizarmos os campeonatos de iniciados, juvenis, juniores e equipa B, já defrontaram o FC Porto umas 50 ou 60 vezes. Tendo 18, 19 ou 20 anos, são jovens com muita maturidade. O que fizemos na Turquia foi uma boa resposta ao que é o jogo que aí vem. Sinto tudo tranquilo, normal e mais do que preparados para jogar este jogo.

Quem chega mais forte ao jogo: Mais importante que isso é perceber que ambas as equipas vão jogar para ganhar. Dentro do campo, quem for melhor, vencerá os três pontos.

Maior receio: O receio de jogar qualquer jogo é sempre o mesmo é não colocarmos em prática tudo o que fazemos no treino. Jogando em casa ou fora, perante qualquer adversário, e não conseguir fazê-lo, é o meu maior receio. Após o último jogo, falei da nossa decisão em colocar o Samaris, e falei do treino. Parece que, por um lado, se fala que não tem tempo para treinar, e por outro já se tira conclusões. Mas tira-se. Vou contar este pequeno exemplo da maneira como os treinadores pensam.

Nós não tínhamos à última hora o Conti e partimos para o jogo com apenas um central. Temos que tomar decisões, e recaiu sobre o Samaris pelo passado que tem jogando a central. A partir daqui, organizamos o que é a equipa. Tomámos a posição de jogar à esquerda. Mantivemos o Conti na convocatória porque do outro lado estão pessoas inteligentes que percebem o que aconteceu, que é o que a organização defensiva de um central e de um médio. São as leituras que fazemos no treino e as decisões que tomamos.

Jardel, Samaris ou Ferro: O Jardel ainda não está disponível. Sobre a equipa, só amanhã.

Marega: Se jogar Marega, é um jogador extraordinário no ataque à profundidade, e o FC Porto é muito forte nisso. Se não, joga Herrera, que também tem um ataque à profundidade muito forte. Mais importante é perceber o que vale o FC Porto com e sem Marega. É sempre um FC Porto fortíssimo.