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Filme de terror sem fim à vista: Leão viveu o dia mais negro da história

O dia 15 de maio começou com a notícia de um esquema de corrupção no andebol do Sporting, em que alegadamente equipas de arbitragem teriam sido subornadas de modo a beneficiar os leões sob as ordens de André Geraldes. Depois da primeira 'bomba' explodiu a segunda, desta feita em Alcochete. Cerca de 50 adeptos agrediram jogadores, assim como Jorge Jesus e o adjunto Raul José.

Filme de terror sem fim à vista: Leão viveu o dia mais negro da história
Notícias ao Minuto

08:15 - 16/05/18 por Ricardo Santos Fernandes

Desporto Análise

O dia 15 de maio de 2018 podia ser 'riscado' da história do Sporting. Aliás, da história do futebol português.

Foi, de resto, notícia lá fora pelas piores razões. O  jornal As titulava na sua edição online desta terça-feira: "Vergonha em Portugal". Um título que surgiu na sequência da invasão de cerca de 50 adeptos à Academia de Alcochete.

Vozes de protesto percorreram os relvados, chegando ao balneário da equipa principal. Estes mesmos indivíduos agrediram vários jogadores, entre os quais Bas Dost, Acuña, Rui Patrício, William Carvalho, Battaglia e Misic, assim como Jorge Jesus, que terá sido o primeiro a ser alvo da fúria dos invasores, e o adjunto Raul José.

As reações sucederam-se - mulheres de jogadores, empresários dos jogadores como Bas Dost e Acuña, Liga de ClubesFederação Portuguesa de Futebol, Governo, Sindicato dos Jogadores -, e todas no mesmo sentido: condenar os "atos criminosos" que aconteceram na Academia de Alcochete.

Já de madrugada, a Juve Leo viria a pronunciar-se, demarcando-se do ocorrido e lamentando profundamente os acontecimentos desta terça-feira. Também já hoje chegaria a informação de que o treino desta quarta-feira em Alcochete fora cancelado.

Foi "chato". A reação de Bruno de Carvalho

"Atos criminosos", assim apelidou Bruno de Carvalho, um homem em "estado de choque" que classificou de "chato" os terríveis acontecimentos ocorridos esta terça-feira, sublinhando que o "crime faz parte do dia a dia". 

Um "crime" do qual resultaram mazelas, não só psicológicas como físicas, porque foi possível ver o estado em que ficou a cabeça de Bas Dost. A imprensa holandesa não tardou em 'invadir' as suas páginas online de fotografias com as lesões infligidas ao internacional holandês, um dos principais visados pela ira dos adeptos (pelo menos 21 dos quais pertencentes à Juve Leo) que trataram de espalhar um cenário de pânico em Alcochete.

A noite desta terça-feira viria a terminar com a deslocação de centenas de adeptos, que se mobilizaram até Alvalade, para pedir desculpa a Bas Dost e para condenar (mais uma vez) as ações de Bruno de Carvalho. Um líder que, à semelhança de Jaime Marta Soares - presidente da Mesa da Assembleia Geral do Sporting -, garantiu que jogadores e equipa técnica vão estar presentes no Jamor, no próximo domingo, para disputar a final da Taça de Portugal. Mas a próxima segunda-feira será um novo dia e o responsável pela Mesa da Assembleia Geral já garantiu que os órgãos sociais do clube vão reunir-se para analisar a situação do Sporting.

Mas o filme de terror começou logo pela manhã

Um clube que viveu uma situação crítica no futebol, mas também no andebol. Afinal, é preciso recuar até à manhã desta terça-feira para contarmos o outro capítulo que contribuiu para o dia 15 de maio se tornar naquele que pontua como o mais negro da história do Sporting, e que já na manhã desta quarta-feira conheceu desenvolvimentos: estão a ser realizadas buscas na SAD do Sporting.

Um intermediário terá comprado equipas de arbitragem de modo a beneficiar os 'leões' sob as ordens de André Geraldes. Agiu não só nos jogos disputados pelo Sporting, como nos jogos de equipas rivais, como do FC Porto ou Benfica. 

"Confirma-se a existência de inquérito relacionado com a matéria dirigido pelo Ministério Público do DIAP do Porto", podia ler-se numa nota enviada ao Notícias ao Minuto por fonte da Procuradoria-Geral da República, sendo ainda acrescentado que o inquérito está em segredo de justiça. 

De acordo com a denúncia, juízes de campo terão sido aliciados com quantias em dinheiro, que chegariam aos dois mil euros, para que, 16 anos após o último título de andebol, a equipa de Alvalade chegasse novamente ao topo da classificação.

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