Companhia O Bando tem apoio de 14 mil euros da Câmara de Palmela
O Bando e a Câmara Municipal de Palmela formalizaram hoje o protocolo de cooperação ao abrigo do qual a companhia dirigida por João Brites vai receber um subsídio de 14.000 euros este ano.
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Cultura Teatro
Em declarações à agência Lusa, João Brites disse tratar-se do protocolo de cooperação que a autarquia tem assinado com a companhia desde que esta optou por ter sede em Palmela.
Em 2017, o montante atribuído pela autarquia local a O Bando foi de 12.500 euros, disse o encenador, acrescentando que ficou decidido em sessão de Câmara deste ano que o montante do próximo seja de 16.000 euros, sucedendo-se um aumento anual de 2.000 euros, até aos 20.000 euros, em 2021.
Sem este apoio da autarquia e ainda que o montante seja pouco para o trabalho realizado por O Bando, João Brites diz que a situação da companhia estaria ainda pior do que já está.
Neste momento, somos o grupo com menos apoio nacional, observou, indicando que a autarquia também auxilia no que respeita à divulgação de espetáculos, além de reconhecer o trabalho que desenvolvem.
A aguardar os resultados dos concursos para os apoios plurianuais da Direção Geral das Artes, João Brites explicou que O Bando se candidatou ao subsídio máximo (400.000 euros) e aguarda que sejam divulgados os resultados.
"As noivas regras têm, contudo, uma 'nuance' que dificulta muito o acesso à verba máxima", explicou, salientando que quem concorre a este valor tem de provar que consegue obter um retorno de 30 por cento desse montante (120.000 euros).
"E isso é muito difícil de garantir", referiu, sublinhando que, entre 2008 e 2011, O Bando teve um subsídio de 500.000 euros.
"O que se passa, é que, na prática, temos vindo a perder subsídios, o que dificulta imenso a vida às companhias quando não as estrangula mesmo", frisou.
"E a situação das companhias vai-se agravando cada vez mais, porque já não temos capacidade de contrair mais crédito bancário", concluiu o encenador.
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