Pedro Gomes expõe desenhos sobre espaço urbano no Museu Vieira da Silva
O artista Pedro Gomes vai apresentar um conjunto de desenhos inspirados no espaço urbano, numa exposição que inaugura na quinta-feira, no Museu Arpad Szenes - Vieira da Silva, em Lisboa, anunciou hoje a organização.
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Cultura Arte
Intitulada 'Urbe', a mostra é inaugurada às 18h30 de quinta-feira, ficará patente até 27 de maio, organizada numa colaboração entre o Museu Vieira da Silva e a Fundação EDP, e inclui um catálogo com textos originais de José Manuel dos Santos, e de Sérgio Fazenda Rodrigues.
De acordo com o museu, a ideia da exposição nasceu da afinidade intuída pelo artista entre o seu trabalho e o de Maria Helena Vieira da Silva, porque ambos dão especial atenção ao espaço urbano, "confrontando duas abordagens de representação fragmentada do espaço".
"A contemporaneidade de Pedro Gomes versus o modernismo de Vieira da Silva", aponta o museu num comunicado, acrescentando que neste artista "o confronto passa por aquilo que em Vieira da Silva é a influência da abstração, e que no seu trabalho é a condição digital da imagem contemporânea".
Dividida em duas partes, a exposição integra desenhos de grandes dimensões que, pela forma como intervêm no espaço, funcionam como instalação.
A obra 'Finisterra', de 2008, inédita em Lisboa, faz parte da série de desenhos do artista realizados com a técnica de papel perfurado, deixando neste caso, aparecer sob o papel pintado a preto, a mancha da cidade a branco, espécie de negativo impresso.
Montada num ângulo de 90 graus, "a obra assume uma falsa tridimensionalidade, jogo de perspetivas igualmente explorado na obra" de Maria Helena Vieira da Silva (1908-1992).
A outra obra, 'Sem título', datada de 2018, é constituída por oito elementos agregados numa peça única, que revestem a totalidade de uma das paredes da sala do museu, "criando um panorama ficcional, cidade irreal, cidade-referente, em sintonia com as tantas cidades da memória de Maria Helena Vieira da Silva".
O trabalho de Pedro Gomes - nascido em Moçambique, em 1972, e que vive e trabalha em Lisboa - caracteriza-se por uma prática de desenho em que este assume, por vezes, uma condição de instalação, devido às suas grandes dimensões e ao uso do espaço expositivo.
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