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Capital Europeia da Cultura deve ser cada vez mais um projeto regional

O secretário de Estado da Cultura, Miguel Honrado, disse hoje, em Coimbra, que faz todo o sentido a agregação de cidades para candidatura a Capital Europeia da Cultura, pois este tipo de projetos tem cada vez mais escala regional.

Capital Europeia da Cultura deve ser cada vez mais um projeto regional
Notícias ao Minuto

19:51 - 10/02/18 por Lusa

Cultura Miguel Honrado

As candidatas a Capital Europeia da Cultura, que em 2027 será portuguesa, "deveriam ter atenção não só àquilo que é o contexto urbano da cidade que se candidata, mas também a todo o seu entorno regional", defendeu hoje, o secretário de Estado da Cultura, em declarações à agência Lusa, à margem de uma visita ao Centro de Artes Visuais (CAV)/Encontro de Fotografia, em Coimbra.

"A tendência regional nessas candidaturas, como se tem vindo a pronunciar em várias anteriores, em termos internacionais, deveria ser também uma preocupação das cidades [portuguesas]" que concorrem, sustentou.

"Neste tipo de projetos "sobretudo numa Europa que é cada vez mais uma Europa das regiões" e onde, "de facto, as regiões são priorizadas, em termos de desenvolvimento", faz todo o sentido pensar-se numa escala regional", também quando se trata de capitais da cultura, acrescentou.

"Porque não", por isso, a junção de candidaturas de cidades, questionou.

Mas, ressalvou, as cidades "têm toda a legitimidade em se candidatarem a um galardão" e a um contexto que, como a Capital Europeia da Cultura, "é naturalmente importante" e que tem sido importante, "como se tem demonstrado no passado e na atualidade para o [seu] desenvolvimento cultural", concluiu.

Coimbra já manifestou intenção de se candidatar a Capital Europeia da Cultura em 2027, tal como outros centros urbanos, como Aveiro, Guarda, Leiria e Viseu, na região Centro, ou Braga e Viana do Castelo, no Norte, Cascais e Oeiras, na área de Lisboa, e Évora e Faro, no Sul do país.

Sobre o Centro de Artes Visuais (CAV), o secretário de Estado da Cultura disse que é "uma instituição importante a nível das artes visuais e da cidade de Coimbra e que tem um histórico importante", como confirmou durante a prolongada visita que hoje ali fez, guiada pelo seu responsável, Albano da Silva Pereira, e na companhia da diretora Regional de Cultura do Centro, Celeste Amaro, e do presidente e da vereadora da Cultura da Câmara de Coimbra, respetivamente, Manuel Machado e Carina Gomes.

Miguel Honrado reconheceu, em declarações à Lusa, que o CAV "luta com dificuldades" financeiras, como destacou, durante a visita, Albano da Silva Pereira, mas "não é a única instituição" que se confronta com esse problema. "O setor cultural em Portugal ainda atravessa bastantes dificuldades", salientou.

O CAV candidatou-se a concursos da DGArtes (Direção-Geral das Artes), através dos quais poderá obter mais financiamentos, embora condicionados aos "meios de que dispõe o Ministério da Cultura", que "não são ainda os ideais, mas são aqueles que neste momento existem", disse ainda à agência Lusa, Miguel Honrado.

"O novo modelo de apoio às artes vem trazer uma capacidade financeira ao setor das artes visuais [arquitetura e design] que não existia anteriormente", para "equilibrar de uma forma muito mais justa o financiamento das artes performativas", que "estava completamente subvalorizado", sustentou o secretário de Estado da Cultura.

O CAV/Encontros de Fotografia tem atualmente um financiamento do Ministério da Cultura de cerca de 90 mil euros anuais, valor idêntico àquele que lhe é atribuído pela Câmara de Coimbra.

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