'Mulheres de Ditadores' regressa às livrarias na próxima semana
O livro 'Mulheres de Ditadores', de Diane Ducret, volta no mercado na próxima semana, depois do acórdão do Tribunal da Relação de Lisboa, publicado em novembro último, que absolveu a autora de plágio, anunciou hoje a editora.
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O Tribunal da Relação de Lisboa absolveu a jornalista e escritora Diane Ducret do crime de contrafação, segundo acórdão publicado no dia 3 de novembro do ano passado.
Em causa estava uma acusação de plágio da obra 'Os Amores de Salazar' (2006), de Felícia Cabrita, que a jornalista portuguesa tinha ganhado na primeira instância.
Em janeiro de 2012, quando a obra foi retirada, uma responsável da Casa das Letras/LeYa disse à agência Lusa que 'Mulheres de Ditadores' teve uma tiragem de 3.000 exemplares, tendo sido retirados do mercado 1.800 e ficado cerca de 500 em armazém.
'Mulheres de Ditadores' editado pelas Éditions Perrin, foi o primeiro livro de Diane Ducret, tornando-se um 'best-seller' em França, estando já traduzido em 18 línguas, entre as quais o português, por Óscar Mascarenhas.
Nesta obra, Diane Ducret "relata em detalhe os momentos, as estratégias de sedução, os casos amorosos, as intervenções políticas e os destinos diversos, ocasionalmente trágicos, das mulheres que cruzaram o caminho ou passaram pelo leito de ditadores como Lenine, Mussolini, Estaline, Hitler ou Salazar", afirma a Casa das Letars em comunicado.
"Chamavam-se Inessa, Clara, Nadia, Magda, Jiang Qing, Elena, Catherine... E eles Lenine, Mussolini, Estaline, Hitler, Mao, Ceausescu, Bokassa. Prostitutas ou mulheres da alta burguesia intelectual, paixões fugazes ou amores intensos, eles maltratavam ou adoravam-nas, mas, sistematicamente, voltavam para os seus braços", prossegue a editora portuguesa.
"Todas têm em comum o facto de terem sido vencedoras, enganadas e sacrificadas. Aos seus homens cruéis, violentos, tiranos e infiéis, faziam crer que eram belos, charmosos e todo-poderosos. Sendo a virilidade um dos alicerces do poder absoluto, os ditadores sentiam a necessidade de juntar figuras femininas ao imaginário de poder e domínio que criaram", lê-se no mesmo comunicado.
O acórdão da Relação de Lisboa sentenciou que Diane Ducret "deve ser absolvida da acusação [de plágio] e do pedido de indemnização civil" feito por Felícia Cabrita.
Segundo o documento, "não está provado que Diane Ducret tivesse violado com dolo ou mera culpa, o direito de autor de Felícia Cabrita".
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