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Grada Kilomba participa no Festival de Cinema de Roterdão

A artista Grada Kilomba, nascida em Portugal, com raízes em São Tomé e Príncipe e Angola, vai marcar presença no festival de cinema de Roterdão, na Holanda, que começa a 24 de janeiro, foi hoje anunciado.

Grada Kilomba participa no Festival de Cinema de Roterdão
Notícias ao Minuto

17:05 - 17/01/18 por Lusa

Cultura Holanda

Durante o festival serão exibidos dois filmes da autoria de Grada Kilomba -- "Illusions" e "While I write: Act III of the desire project" -, que irá ainda participar numa conversa com o artista chileno Alfredo Jaar, de acordo com informação disponibilizada no 'site' do Festival Internacional de Cinema de Roterdão. A participação de Grada Kilomba no festival decorre no âmbito do programa Frameworks, no qual "as principais vozes do mundo da Arte partilham e discutem o seu trabalho e promovem novos projetos de artistas emergentes".

A obra de Grada Kilomba, artista interdisciplinar que vive e trabalha em Berlim, aborda habitualmente questões suscitadas pelo discurso em torno das ideias de género, raça, trauma e memória, no âmbito das problemáticas atuais sobre o colonialismo e pós-colonialismo, no início do século XXI.

Embora seja mais conhecida pelo seu percurso como escritora, Kilomba tem vindo a explorar práticas artísticas experimentais e interdisciplinares, utilizando e combinando diferentes meios de expressão, desde a performance e a videoinstalação, até leituras de palco e palestras que criam uma interface entre texto e imagem, linguagem artística e linguagem académica.

No ano passado apresentou em Portugal a performance "Illusions", no Museu de Serralves, no Porto, e inaugurou duas exposições em Lisboa: "The Most Beautiful Language", nas Galerias Municipais, patente até 04 de março, e "Secrets To Tell", no Museu de Arte, Arquitectura e Tecnologia, até 05 de fevereiro. Na altura, Grada Kilomba também esteve em Portugal, para encontros com o público.

A programação completa da 47.ª edição do festival de cinema de Roterdão, hoje divulgada, inclui também, na secção Deep Focus, o documentário "Quem é Bárbara Virgínia?", da portuguesa Luísa Sequeira.

Nome artístico de Maria de Lourdes Costa, Bárbara Virgínia foi atriz, bailarina e locutora de rádio e realizadora de cinema, a primeira mulher em Portugal a assumir essa função.

Em 1946, foi ainda a primeira mulher a apresentar um filme no então recém-criado Festival de Cinema de Cannes, "Três dias sem Deus", selecionado para competição.

A programação do Festival Internacional de Cinema de Roterdão inclui ainda outros filmes portugueses, que já tinham sido anunciados.

Em competição estará "Djon África", a primeira longa-metragem de ficção de Filipa Reis e João Miller Guerra, que acompanha a história de Miguel 'Tibars' Moreira, filho de cabo-verdianos nascido e criado na periferia de Lisboa, pela avó, como refere a produtora Terratreme.

A competir em Roterdão estará também a curta-metragem "Miragem Meus Putos", de Diogo Baldaia, que recebeu em 2017 o prémio de melhor curta-metragem portuguesa do IndieLisboa.

Na secção Signatures será exibido "O termómetro de Galileu", de Teresa Villaverde, "uma homenagem à arte de viver e à vida dedicada a arte", a partir do percurso do realizador italiano Tonino de Bernardi.

Noutras secções do festival dedicadas às curtas-metragens, serão exibidas "Sunstone", da portuguesa Filipa César e do britânico Louis Henderson, e "Tudo o que imagino", de Leonor Noivo.

No que diz respeito às longas-metragens, serão exibidos os filmes "A Fábrica de Nada", de Pedro Pinho, "Tempo Comum", de Susana Nobre, e "Fátima", de João Canijo.

Estão previstas ainda três coproduções portuguesas: "O Capitão", de Robert Schwentke, "Milla", de Valérie Massadian, e "Zama", de Lucrecia Martel.

A 47.ª edição do Festival Internacional de Cinema de Roterdão decorre de 24 de janeiro a 04 de fevereiro.

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