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'O livro do pó', nova trilogia de Philip Pullman, chega a Portugal
O romance "La belle sauvage", primeiro volume da trilogia de fantasia "O livro do pó", do autor britânico Philip Pullman, é editado esta semana em Portugal pela Editorial Presença.
© Pixabay
Cultura Literatura
"O livro do pó" é a nova trilogia de fantasia de Philip Pullman, que tem ligações a uma outra série, "Mundos Paralelos", iniciada em 1995 e que conta com os volumes "Os reinos do norte", "A Torre dos Anjos" e "O telescópio de âmbar", todos editados em Portugal.
Philip Pullman, um dos mais conhecidos autores britânicos de livros para jovens, explica no 'site' oficial que "O livro do pó" não é uma prequela nem uma sequela de "Mundos Paralelos". É uma nova trilogia paralela àquela, com histórias diferentes e complementares, com algumas personagens em comum, como Lyra Belacqua, e outras novas.
"No cerne de 'O livro do pó' está a luta entre uma organização despótica e totalitária, que quer sufocar a especulação e a investigação, e aqueles que acreditam na liberdade de pensamento e de expressão", escreveu o autor na página oficial, admitindo que, através da fantasia, lhe interessa aprofundar questões sobre a existência humana.
Em outubro, quando o primeiro volume desta nova trilogia saiu no Reino Unido, o editor David Fickling avisou os leitores para não estabelecerem demasiados paralelismos entre "O livro do pó" e a atual situação política no Reino Unido, ainda que Philip Pullman seja crítico da saída do país da União Europeia.
"Acho que é um livro realmente importante para agora, não de um ponto de vista intelectual, mas de uma forma de contar histórias", disse David Fickling.
O segundo volume da trilogia irá chamar-se "The Secret Commonwealth".
Philip Pullman, 71 anos, é autor de não-ficção, banda desenhada, teatro, mas sobretudo ficção para crianças e jovens, embora a faixa etária de leitores se estenda aos adultos. A trilogia "Mundos Paralelos" está traduzida em 40 línguas e vendeu cerca de 18 milhões de exemplares.
Entre os prémios literários já conquistados contam-se o prémio de carreira Astrid Lindgren Memorial Award 2005, o Carnegie Medal, com "Os reinos do norte" e o Whitbread Prize de 2001 com o "Telescópio de âmbar".
"As crianças precisam de arte, de histórias, poemas e música, tanto quanto precisam de amor e de comida, de brincar e respirar ar puro", afirmou o autor em 2005, quando recebeu o Astrid Lindgren Memorial Award.
Em Portugal, além da trilogia "Mundos Paralelos" e deste "La belle sauvage", Philip Pullman tem editados outros livros, nomeadamente "O espantalho e o seu criado" e "Já fui um rato!".
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