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Museu do Douro nasceu na Assembleia da República há 20 anos

O Museu do Douro celebra no sábado o 20.º aniversário da publicação da lei que criou a unidade museológica que, atualmente, desempenha um importante papel na divulgação da região, na investigação e preservação da sua história.

Museu do Douro nasceu na Assembleia da República há 20 anos
Notícias ao Minuto

11:00 - 01/12/17 por Lusa

Cultura Unidade museológica

O Museu do Douro foi o primeiro museu de território construído em Portugal, criado na sequência de uma lei aprovada por unanimidade na Assembleia da República, em 1997, e o edifício sede abriu as portas em 2008.

A Lei 125/97 de 02 de dezembro resultou de duas propostas de lei apresentadas pelos então deputados António Martinho, do PS, e Lino de Carvalho, do PCP.

O presidente da Fundação do Museu do Douro, Fernando Pinto, afirmou à agência Lusa que há 20 anos se fez história na mais antiga região demarcada e regulamentada do mundo.

O "Dia do Museu do Douro", que se realiza sábado, na sede da instituição, localizada no Peso da Régua, serve, segundo o responsável, para homenagear os que desempenharam um "papel importante" na concretização deste projeto.

A Assembleia da República, através do presidente Ferro Rodrigues, vai receber o título de fundador honorário.

Serão ainda distinguidos antigos ministros da cultura, como Augusto Santos Silva que nomeou a equipa de missão do Museu do Douro, Pedro Roseta que desbloqueou as verbas para a aquisição da casa da companhia, onde está instalada a sede, e Isabel Pires de Lima que criou a fundação.

No dia de festa, recordam-se o escritor João de Araújo Correia, que já em 1936 defendia a criação de um museu de território, ainda o mecenato de Irene Viana Pinto, que doou a casa da Presegueda, e os ex deputados Lino de Carvalho (já falecido) e António Martinho.

O Museu do Douro quer ser "uma porta de entrada" para uma viagem pela região, pelo rio, barragens, socalcos, quintas e vinhos que caracterizam o património mundial, classificado pela UNESCO em 2001.

Nos últimos anos, o número de visitantes na instituição tem crescido consecutivamente.

Aqui chegam milhares de visitantes provenientes de muitos países, com destaque para os Estados Unidos da América, Brasil, Austrália e europeus, como França, Bélgica ou Luxemburgo.

O diretor do Museu do Douro, Fernando Seara, destacou o papel agregador da instituição, que junta entidades públicas e privadas, e salientou ainda o trabalho realizado a nível da inventariação, catalogação, conservação, restauro e de recolha do património material e imaterial.

Sábado é dia de festa, mas também de trabalho. O conselho consultivo da fundação vai reunir para a aprovação do orçamento e plano de atividades para 2018.

Fernando Pinto realçou que a instituição encerra o ano com "resultado positivo" e salientou que as "receitas próprias do museu têm vindo a aumentar", reduzindo a "sua dependência".

O responsável disse ainda que os pagamentos em atraso, quer das autarquias fundadoras quer do Estado, estão praticamente regularizados.

Por sua vez, o diretor Fernando Seara realçou as palavras-chave no plano delineado para o próximo ano: continuidade e reforço.

"Reforçamos a ligação com o território, numa perspetiva de continuidade do trabalho com as autarquias da região, com os outros fundadores privados do museu e com a população da região", frisou.

A programação do Dia do Museu do Douro contempla ainda uma atuação do grupo "Sons do Douro" e a inauguração da exposição de fotografia e do livro "Nove meses de inverno e três de inferno", de autoria de João Pedro Marnoto.

Marnoto mostra o seu olhar sobre o Douro, sobre a paisagem, pessoas, festividades, monumentos e acontecimentos deste território.

A mostra faz parte de um projeto de inventariação fotográfica da região e conta com o apoio das comunidades intermunicipais de Terras de Trás-os-Montes e do Douro.

"O museu guarda a memória da região e regista, para os seus arquivos, o Douro nos dias de hoje", concluiu Fernando Seara.

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